Buquê de Lágrimas- Capítulo 15 e 16. (Última Semana)


Capítulo 15:
Cena 1: Penitenciária Industrial de Caxias do Sul/ Corredor/ Interior/ Tarde.
Isabel: Você não vai ficar muito tempo aqui, meu amor, eu prometo que vou te tirar desse lugar.
Olavo: Eu não posso ficar aqui mesmo.
Isabel: Sim, e vamos ser felizes como sempre fomos na minha cama, chifrando aquele tição do meu marido e aquela mimada da minha filha.
Jordânia coloca a mão na sua boca e com seu olhar expressa estar desacreditada de tudo o que ouve.
Jordânia-(surpreendendo): Tô atrapalhando o casalzinho infeliz?
Isabel e Olavo ficam desesperados ao ver Jordânia surpreendendo-os. A jovem olha para sua mãe e seu ex-namorado com repulsa.
Jordânia-(debochando): E aí, mamãe? O que a senhora tem pra me dizer? Não era você a razão da moralidade?
Isabel: Vai embora daqui, sua desgraçada, maldita!
Jordânia: Vou sim, mas quer saber de uma coisa? O meu pai vai saber de toda essa vagabundagem de vocês!
Olavo: Jordânia, não é nada do que você tá pensando?
Jordânia-(indignada): Não é nada do que eu tô pensando? O que é então? Sabe o que mais me dá nojo de vocês? É que eu beijava uma boca que a minha própria mãe tinha beijado, me dá asco só de pensar que você beijava ela antes de me beijar!
Isabel-(segurando o braço de Jordânia): Você não vai falar nada com o seu pai.
Jordânia: Ah não? E quem vai me impedir? A senhora? Pelo que estamos vendo, a senhora não tem o direito de escolher nada!
Jordânia solta o seu braço e chega perto de Olavo, que está dentro da cela.
Jordânia: Tomara que você apodreça dentro desse maldito lugar, você vai pagar por tudo o que você já fez pra mim, pro Benício, tudo aquilo que você não pagou, tomara que você pague, seu maldito. –Olha para sua mãe- E eu vou provar que a senhora quem matou aquele homem e incriminou o Benício. –Chocada- Não, isso não pode ser verdade, eu não acredito, o Olavo também te ajudou, com certeza vocês dois são cúmplices!
Isabel-(grita): Paraaaaaaaaaa..... Para de falar asneiras sua macaquinha, sua cadela, para!
Isabel tenta bater em sua filha, mas o carcereiro não permite.
Jordânia-(ameaçando): Vocês dois vão se ver comigo, eu vou provar para todos que foram vocês os culpados. Quanto a senhora, mamãe, pode ter certeza que vai se ver comigo!
Jordânia sai andando, Isabel olha para Olavo e fica com medo.
Isabel-(encurralada): O que eu vou fazer agora, Olavo?
Olavo fica calado. Isabel decide ir atrás de Jordânia.
Cena 3: Rua/ Tarde.
Jordânia sai da delegacia e atravessa a rua, ao chegar do outro lado, ela senta-se no banco de ponto de ônibus. Jordânia chora compulsivamente.
Flashback:
Isabel: Você não vai ficar muito tempo aqui, meu amor, eu prometo que vou te tirar desse lugar.
Olavo: Eu não poso ficar aqui mesmo.
Isabel: Sim, e vamos ser felizes como sempre fomos na minha cama, chifrando aquele tição do meu marido e aquela mimada da minha filha.
Jordânia coloca a mão na sua boca e com seu olhar expressa estar desacreditada de tudo o que ouve.
Jordânia-(surpreendendo): Tô atrapalhando o casalzinho infeliz?
Isabel e Olavo ficam desesperados ao ver Jordânia surpreendendo-os.
Fim do flashback.
Jordânia-(pensando): Como uma mãe pode ter coragem de fazer isso?
Isabel e se aproxima de Jordânia.
Isabel-(fingida): Filha, por favor, vamos resolver isso de uma forma civilizada.
Jordânia-(levantando-se/gritando): Forma civilizada? Me enganar com um homem que quase foi meu marido é civilizado?
Todas as pessoas que estavam passando, olham para Isabel, alguns chocados, outros indignados e outros com repulsa.
Isabel-(implorando): Não grita isso, pelo amor de Deus.
Jordânia-(grita): Não gritar? A senhora ainda tem coragem de me pedir isso? Por que não pensou nas conseqüências? (t) Sabe o que mais me dói, mamãe? É que a senhora ainda insistia pra mim casar com esse cara.
Isabel: Olha, vamos lá pra casa, aí a gente conversa com calma? –segura o braço de Jordânia- Por favor.
Jordânia-(soltando-se): Isso é uma palhaçada mesmo, eu não aguento sua hipocrisia.
Jordânia vai atravessar a rua e um carro vem em sua direção com muita velocidade, atingindo-a. Isabel olha para a motorista e ela fica chocada ao ver Dalila dentro no carro.
Cena 4: Anoitece. Paramaribo- SME/ Casa de Gerald/ Sala/ Interior.
Diana, clara e Maria Eduarda entram na casa de Gerald, que olha maliciosamente para Diana.
Diana: Gerald, eu não tenho como te agradecer, eu prometo que você não vai se arrepender.
Gerald-(malicioso): Tenho certeza que não, Diana, você é uma pérola, e saiba que você será uma mulher muito feliz comigo, eu te conheci ontem, mas já quero você só pra mim.
Diana: Tá bom, Gerald, mas não vamos ficar com esse tipo de conversa com as meninas. Primeiro eu quero ligar para uma amiga e dizer que está tudo bem.
Gerald: Claro, Diana, agora essa casa é de vocês, o telefone está ali e você pode usar a hora que você quiser.
Diana: Obrigada, Gerald, e mais uma vez, muito obrigada.
Gerald recebe uma ligação.
Gerald: Alô, Rebecca? Aconteceu alguma coisa?
Rebecca: Sim, seu maldito, não tínhamos marcado de nos encontrar agora de noite na fábrica?
Gerald: Perdão, chefinha, eu já estou indo.
Gerald desliga o telefone.
Gerald: Gente, eu preciso, vocês não vão ligar de ficar aqui sozinhas?
Diana, Clara e Maria Eduarda: Não.
Gerald: Daqui a pouco estou de volta.
Gerald sai apressado e as meninas sorriem e se abraçam.
Diana: Gente, agora eu vou ligar para a Célia.
Clara: Eu ainda não tô acreditando que eu vou embora do Suriname depois de anos.
Diana: Pois pode acreditar.
Maria Eduarda: E eu vou encontrar a minha mãe.
Diana: Sim, nós vamos sair desse lugar o mais rápido que pudermos.
Diana pega o telefone e faz uma ligação, Célia atende.
Diana-(esperançosa): Alô, Célia? Aqui é a Diana.
Célia-(chocada): Diana? Querida... Como você tá? Que bom receber uma ligação sua.
Diana: Célia, eu me meti numa roubada, você não vai acreditar no que aconteceu, mas eu quero que você me passe o número da minha mãe, por favor, Célia.
Célia: Diana, a sua mãe não está aqui em Caxias do Sul, ela foi na Argentina te procurar.
Diana-(chocada): Argentina? Mas por que, Célia?
Célia: Não sei, me perdoa, é o único lugar que achei pra dizer.
Diana-(desesperada): Célia, você não podia ter feito isso!
Célia-(ríspida): Olha, querida, foi você quem disse que não queria sua mãe atrás de você.
Diana: Mas isso não te dá o direito de sair inventando mentiras, mas eu não quero falar disso, só quero o telefone da minha mãe.
Célia: Eu não tenho.
Diana-(inconformada): Como você pode não ter o número da minha mãe? Ela é a sua melhor amiga!
Célia-(farta): Olha, Diana, eu vou te contar toda a verdade, eu estou em Paramaribo te procurando para fazer uma surpresa para sua mãe, quero que você me encontre.
Diana-(feliz): Sério, Célia?
Célia: Sim, mas precisamos marcar um encontro amanhã.
Diana: Ok, me passa o endereço que eu vou te procurar.
Célia: Sim, anota aí, é na rua......
O som é abafado quando Célia vai falar o endereço.



Cena 5: Caxias do Sul- RS/ Hospital Saúde/ Quarto de Jordânia/ Interior/ Noite.
Isabel está do lado do corpo de Jordânia, que está na cama, a mulher chora inconsolavelmente. Jorge chega.
Jorge-(desesperado): O que aconteceu, Isabel?
Lágrimas percorrem pelo rosto de Jorge ao ver Jordânia num estado precário.
Isabel: A Jordânia foi atropelada, foi a Dalila, foi ela quem fez isso com a nossa filha.
Jorge: Ai, meu Deus, onde isso foi parar?
O médico entra na sala.
Isabel-(desesperada): Doutor, o que foi que aconteceu?
Doutor: Olha, eu vou falar a verdade para vocês, o estado dela é grave, ao que parece, o impacto do atropelamento fez a cabeça dela dar uma batida bem forte e ela teve um traumatismo craniano, o que pode fazer ela ficar sem memória.
Isabel e Jorge ficam abalados com a notícia.
Isabel-(falsa): Não, meu Deus, não, por que isso com a minha filha?
Jorge abraça Isabel. O médico sai retira-se do quarto de Jordânia e Isabel solta um sorriso maquiavélico sem que Jorge perceba.
Cena 6: Paramaribo- SME/ Hotel Courtyard by Marriott/ Restaurante/ Interior/ Noite.
Helena, Dionísia, Camila e Eric estão jantando.
Helena: Graças a Deus hoje é o dia.
Eric: Eu não me conformo com sua atitude, pode ser perigoso, na invasão, você pode morrer.
Camila: Infelizmente eu concordo com a Helena, Eric, mesmo que seja perigoso, é a filha dela.
Helena: Eu vou ser monitorada o tempo todo, não tem erro, ninguém vai saber de nada, eu vou usar o microfone, o fone e a câmera, só vai dar errado se for mal planejado. O melhor disso tudo é estar do lado da minha filha.
Dionísia: Essa é a única forma que nós temos de acabar com aquela quadrilha, se eu voltasse lá, eles não confiariam mais em mim, o Ronald e o James são muito espertos.
Eric: O que me deixa menos preocupado são os equipamentos de segurança que nós temos, isso vai ajudar bastante.
Dionísia: Olha, eu espero que vocês me entendam, eu não estou sendo covarde em não querer ajudar vocês, mas eu sofri muito ali e mesmo tendo acabado com vidas, eu já fui uma delas e sei que é algo terrível.
Helena: Eu te entendo completamente, Dionísia, e eu não te culpo, não se preocupe com isso, eu já estava pensando nisso bem antes de você nos conhecer.
Dionísia chora e segura nas mãos de Helena.
Dionísia: Eu nãos ei como te agradecer, Helena, você vai salvar a minha filha.
Eric: Então, gente, eu preciso conversar com a Helena antes dela ir.
Eric e Helena retiram-se da mesa, deixando Camila e Dionísia.
Dionísia: Não acredito que você tem um filho daquele canalha.
Camila: Pois acredite, Dionísia, eu sou mais uma das vítimas dele, mas o meu filho foi a melhor coisa que ele já me deu na vida. Vou te mostrar uma foto dele.
Camila abre sua bolsa para pegar o celular. Dionísia percebe que duas mãos encostam-se na cadeira e ela vira-se para trás.
Dionísia-(assustada): Célia?
Célia-(maquiavélica): Buh... Achou que eu tava brincando?
Cena 7: Hotel Courtyard by Marriott/ Quarto de Helena/ Interior/ Noite.
Eric: Por favor, não faz isso, meu amor.
Helena: Eu tenho que fazer isso, Eric, é a minha filha.
Eric-(triste): Só de pensar que outro homem vai tocar em você, eu não quero nem pensar nisso, nem eu fiz isso com você.
Helena: Eu não amo nenhum deles, já você...
Eric: Então me mostra isso antes de ir.
Helena beija Eric apaixonadamente.
Eric: Você é só minha, Helena, eu te amo.
Os dois voltam a se beijar. Eric vira Helena de costas, segurando-a nos seios. Helena fica excitada e expressa tesão. Eric tira o vestido de Helena, deixando-a de calcinha e sutiã e os dois voltam a se beijar. Helena empurra Eric na cama e tira a roupa do homem, deixando-o apenas de cueca.
Helena-(sedutora): Vou te mostrar como te amarrar a mim.
Helena tira lentamente a cueca de Eric e fica sedenta ao vê-lo nu. Eric vai até Helena e tira suas peças íntimas.
Eric: Vem, meu bebê.
Helena vai pra cima de Eric e os dois se beijam com muito fogo.
A cena dá algumas piscadas, trocando de um momento para o outro:
1-Helena está debaixo de Eric, que faz movimentos para cima e para baixo.
2-Helena está em cima de Eric e olha-o nos olhos mostrando estar bastante excitada ao subir e descer.
Cena 8: Hotel Courtyard by Marriott/ Restaurante/ Interior/ Noite.
Dionísia: Eu não acredito que você teve coragem de vir me infernizar depois de tudo o que você fez, Célia.
Célia-(furiosa): Depois de tudo o que eu fiz? Não me faça rir, Dionísia. Você foi a culpada pela morte da minha irmã.
Dionísia-(farta): Eu já te disse que eu me arrependi.
Célia: E eu já te disse que esse seu arrependimento fajuto não me comove, sua desgraçada!
Dionísia levanta-se e Célia está sorridente. Camila levanta-se com medo de que haja uma briga.
Dionísia: Minha filha não tem nada a ver com o que aconteceu.
Célia: Minha irmã também não teve nada a ver com aquela merda daquele tráfico, e ela não se livrou disso.
Dionísia: Pare de tentar justificar o seu erro.
Célia-(descontrolada): Vagabunda! Para de tentar se justificar você, eu já não aguento mais suas historinhas medíocres. –Diabólica- Sabe com quem eu falei?
Dionísia: Com quem?
Célia: Com a Diana!
Dionísia-(tensa): Onde a minha filha está?
Célia: Não te interessa, Dionísia, a sua filha não vai escapar da minha vingança, do mesmo jeito que você usou a minha irmã, eu vou usar a Diana!
Dionísia se enfurece e vai pra cima de Célia, puxando os cabelos da mulher. As duas se estapeiam e Camila tenta separar, juntamente de algumas pessoas. Dionísia empurra Célia em cima de uma mesa, que cai e quebra todos os objetos. No chão, Célia olha com muita fúria para a rival.
Célia: Você vai me pagar, Dionísia, eu te mato, sua desgraçada!
Dionísia: E eu vou te ensinar a não se meter mais com quem eu amo!
Célia levanta-se com a ajuda de Camila.
Camila: Está bem?
Célia: Não, mas eu vou ficar. Ensine sua amiga a se controlar, isso pode gerar uma tragédia.
Camila olha com medo para Dionísia, enquanto Célia retira-se do local.
Cena 9: Penitenciária Industrial de Caxias do Sul/ Cantina/ Interior/ Noite.
Benício pega seu jantar e procura uma mesa para sentar-se, ele assusta quando uma pessoa derruba o seu prato e o suco no chão.
Olavo-(diabólico): E aí, neguinho!
Benício-(calmo): Sai da minha frente, Olavo. Eu só quero que você me deixe em paz.
Olavo: Depois do que você e a Jordânia fizeram comigo?
Benício: Não fizemos nada, tudo o que você fez foi com suas próprias mãos, não te obrigamos a nada. A única coisa que eu e a Jordânia fizemos, foi reconhecer que nos amávamos e não aceitamos isso tudo desde o começo.
Olavo: Olha, Benício, eu estou te achando bem ousado, acho que você precisa de uma lição pra acabar com essa sua ousadia.
Benício-(enfrentando): Eu não quero briga, mas se você quiser encarar!
Olavo vai dar um soco em Benício, que segura a mão do homem, dando um soco na barriga dele. Olavo atinge o rosto de Benício que se enfurece e dá vários murros descontrolados na cara do homem. Olavo cai no chão com o nariz sangrando, enquanto os presidiários começam a gritar, aplaudindo aquela confusão. Alguns carcereiros chegam e tiram Benício de cima de Olavo.
Olavo-(machucado): Você vai se ver comigo, Benício!
Benício olha com muita raiva para Olavo. Benício é levado pelos carcereiros.
Cena 10: Paramaribo- SME/ Boate Sexy Body/ Escritório de Ronald/ Interior/ Noite.
Ronald está em seu escritório, James entra.
James: Tem uma mulher querendo falar com você, Ronald.
Ronald-(intrigado): Quem é?
Ronald fica assustado quando vê Helena entrando.
Helena: Quero fazer um trato com você, Ronald, a minha filha sai e eu fico!
Ronald olha maliciosamente para Helena.

Continua...
Capítulo 16:
Cena 1: Paramaribo- SME. Boate Sexy Body/ Escritório de Ronald/ Interior/ Noite.
Ronald ri debochando de Helena, que fica farta e vai até a mesa, dando um soco, fazendo com que o homem levante-se com raiva.
Helena: O que é? Não vai trocar não? Se não for fazer isso, diz logo!
Ronald: Você tem certeza da decisão que está querendo tomar, Heleninha?
Helena: Pra tirar a minha filha desse inferno, eu sou capaz de morrer.
Ronald-(debochado): Não se esqueça que eu posso ficar um pouco enciumado, já que eu me degustei de sua pessoa.
Helena-(enojada): Que nojo, eu não gosto nem de lembrar disso.
Ronald: Quando você gemia feito uma cachorra, você não falava isso.
Helena-(enfrentando): Porque eu te amava, enquanto você só estava brincando comigo, querendo roubar a minha filha.
Ronald: Olha, Helena, eu tenho uma notícia até boa pra te dar, eu gostava de você, de todas as mulheres que já fiquei, você foi a melhor, até mais do que a Camila.
Helena: Eu não quero saber de nada que você gostou ou deixou de gostar, vamos logo ao que interessa. Cadê a minha filha?
Ronald: Calma, as coisas não são assim, primeiro temos que ver se você está bem preparada para fazer programas, e quem vai fazer esse teste, será eu!
Helena: Eu não preciso de teste nenhum, queridinho, não foi você quem disse que eu fui a melhor?
Ronald: Primeiro, Heleninha, a pessoa que está em condições de impor aqui sou eu, e segundo que é você quem quer a sua filha e terceiro que foi você quem disse que faria o que precisar pra salvar ela.
Helena: Eu exijo ver a Maria Eduarda agora, se eu ver a minha filha, eu faço o que você quiser.
Ronald sente-se encurralado com o pedido de Helena e olha tenso para James.
Cena 2: Caxias do Sul- RS/ Hospital Saúde/ Cafeteria/ Interior/ Noite.
Jorge e Isabel estão tomando um café, preocupados.
Jorge: Isabel, quem foi que fez isso com a nossa filha?
Isabel mexe na sua bolsa e pega seu celular, a mulher dá play em um vídeo e mostra seu marido onde Dalila atropela Jordânia.
Isabel: Acho que você sabe quem é essa pessoa!
Jorge: Não acredito que aquela desgraçada da Dalila fez isso.
Isabel: A polícia já está procurando ela, eu mostrei esse vídeo para eles. A Dalila está foragida.
Jorge-(furioso): Aquela desgraçada da Dalila vai me pagar.
Isabel-(intrigada): O que você vai fazer?
Jorge pega o seu telefone e faz uma ligação. Dalila atende e Jorge coloca no viva voz.
Dalila-(desconfiada): Jorge? Aconteceu alguma coisa?
Jorge: Dalila, a minha mulher foi na cadeia ver o seu filho já tem muito tempo, ela não me atende, eu estou preocupado, ela está na sua casa?
Dalila: Não, Jorge, ela não foi na minha casa. Ela não te disse nada?
Jorge: Disse o quê? Tá acontecendo alguma coisa que não sei?
Dalila: Não, não está acontecendo nada, Jorge.
Jorge: Dalila, eu estava pensando em uma coisa, eu vou defender o Olavo e preciso conversar com você pra gente montar algumas estratégias.
Dalila: Sim, quer marcar?
Jorge: Sim, amanhã nos encontramos.
Jorge desliga e Isabel toma o telefone da mão dele.
Isabel-(diabólica): Eu vou nesse encontro e vou acabar com a raça dessa desgraçada, eu já sujei as minhas mãos com aquele neguinho e não me importaria em sujar as minhas mãos com essa ratazana.
Cena 3: Penitenciária Industrial de Caxias do Sul/ Cela Isolada/ Interior/ Noite.
Benício está sentado no chão, naquela cela onde não havia cama, apenas uma esteira de palha para ele se deitar.
Benício-(pensativo): Ele armou pra mim, agora a Jordânia não vai poder me ver.
Benício tenta olhar da pequena janela de grades com vidro e não consegue ver nada, apenas o brilho da lua embaçado.
Benício-(marejando): A única pessoa que eu tenho na vida, a única pessoa que me ama de verdade vai ficar sem vir me ver.
Vários momentos felizes vêm na mente de Benício, que chora inconsolavelmente, o homem escora a sua cabeça na parede e coloca as mãos no rosto, limpando as lágrimas.
Benício-(decidido): Eu vou ser forte, eu não posso ser fraco nesse momento, eu vou sair daqui e vou ser feliz com a Jordânia, minha Jordânia.
Cena 4: Paramaribo- SME/ Boate Sexy Body/ Escritório de Ronald/ Interior/ Noite.
Helena e Ronald se olham fixamente.
Helena: E aí, Ronald, eu vou ver a minha filha?
Ronald: Não. Nada feito!
Helena: Então eu vou embora. Tchau!
Helena tenta sair, mas James entra na frente da mulher.
James: Onde você pensa que vai, lindinha?
Helena olha para Ronald que sorri maquiavelicamente para ela.
Ronald: Agora você está no meu território, eu posso dizer se vou ou não deixar você sair.
Ronald vai se aproximando.
Helena: Desgraçado, você vai me pagar! –Pensando- Isso mesmo, seu trouxa, isso é exatamente o que eu quero que você faça, demonstre essa sua face de bandido.
Ronald-(falando com James): Leva essa vadia para o alojamento!
James segura Helena, que tenta soltar-se.
Helena-(debatendo): Me solta, me solta seu desgraçado!
James aperta o braço de Helena e se aproxima do ouvido dela.
James-(intimidando): Vadia! Se você falar um “a” quando a gente tiver indo pro alojamento, eu mato a sua filha.
Helena olha para James tensa.
Helena-(enfrentando): Você não é nem louco de encostar na minha filha, seu vagabundo, bandido!
James: Cala a boquinha e me respeita.
Ronald: Leva logo essa puta pro alojamento.
Helena olha com ódio para Ronald.
Helena: O seu dia está chegando, Ronald, escreva todas essas palavras.
Farto, James tira Helena da sala de Ronald.
Ronald-(sorrindo): Perdi a filha, mas ganhei a mãe.
Ronald gargalha.



Cena 5: Boate Sexy Body/ Alojamento/ Interior/ Noite.
James joga Helena no chão, ela fica chocada ao ver algumas crianças e adultos no local. James aproxima-se de Helena e sorri.
James: Aqui é o lugar de todas as mães iguais a você, aquelas vagabundas que trocam os filhos por homem.
Helena: Um dia você vai engolir todas as suas palavras, seu canalha. Foi você quem ligou pro celular do Ronald aquele dia, né? Eu estou reconhecendo essa sua voz de marginal!
James dá uma bofetada em Helena.
James: Você aprende a falar direito com a gente aqui, sua cadela, está achando que eu tenho medo de você por causa da surra que deu no Ronald?
Helena-(levantando): Deveria ter, seu patife, safado, sem vergonha, o seu lugar é na prisão.
James: Quer levar outra bofetada, sua rapariga?
Helena provoca James colocando a mão em sua face.
Helena: Bate, seu covarde. –Grita- Bate!
James lança um tapa no rosto da mulher, que revida dando nos dois lados.
Helena: Eu não tenho medo de vocês, de nenhum de vocês.
James tira uma arma da cintura e aponta para Helena.
Helena-(provocando): Atira, me mata se você for homem!
Ronald entra no local e fica surpreso com a situação.
Ronald: Solta essa arma, James!
James: Essa rameira me bateu, eu não vou deixar isso barato.
Ronald-(grita): Solta logo essa merda dessa arma!
James-(vai até Ronald/ enfrentando): Você acha que é meu patrão? Acha que manda em mim?
Ronald-(furioso): O que é, hein James? Tá querendo brigar?
James: A única pessoa aqui que quer brigar é você. Escuta bem o que eu vou te falar, Ronald, se você não começar a me tratar como seu sócio, as coisas aqui vão mudar radicalmente!
Ronald-(intrigado): Tá me ameaçando?
James: Entenda como quiser.
James vai embora, mas ao passar por Ronald, ele esbarra no homem, que fica surpreso com a atitude de James. Ronald e Helena se olham fixamente.
Cena 6: Amanhece. Caxias do Sul/ Mansão Chermont/ Sala/ Interior.
Dalila entra no local e senta-se.
Dalila: Onde está o Jorge?
Empregada: Ele já deve estar descendo. Com licença.
Dalila fica sozinha na sala e surpreende-se ao ver Isabel descendo as escadas com uma arma na mão.
Dalila-(assustada): Isabel? O que você está fazendo com uma arma na mão?
Isabel-(gargalha): Advinha, Dalila? O que uma pessoa faria com uma arma na mão?
Dalila-(com medo): Pelo amor de Deus, Isabel, vamos conversar?
Isabel: Você quis conversar com a minha filha? Você tentou matar ela na minha frente!
Dalila: Tentei mesmo e se fosse por minha causa, ela estaria num caixão uma hora dessas.
Isabel-(diabólica): Então vamos ver quem vai pro inferno primeiro?
Isabel aponta a arma para Dalila. A mulher levanta-se assustada e olha com muito medo para a arma.
Isabel: Sabe, Dalila, eu vou te revelar uma coisa antes de você morrer. –Falando baixinho- Eu e o Olavo tínhamos um caso bem antes dele namorar a minha filha!
Dalila-(chocada): Desgraçada! Isso tudo está acontecendo por sua causa, foi você quem causou esse inferno.
Isabel-(fria): Tchau, sua ratazana de laboratório!
Isabel dispara um tiro na cabeça de Dalila, a mulher morre na hora. Isabel aproxima-se do corpo estirado no chão.
Isabel: Bom, a Jordânia não é a minha filha, mas eu escolhi ela na maternidade!
Isabel olha maleficamente para o corpo de Dalila.
Cena 7: Penitenciária Industrial de Caxias do Sul/ Quarto isolado/ Interior/ Manhã.
Benício recebe seu café da manhã por baixo da porta, ele fica surpreso ao ver Olavo olhar pela grade na parte de cima da porta.
Olavo: Fiquei sabendo você de que eu não vou te deixar em paz, seu macaquinho desgraçado, o que eu puder fazer para destruir a sua vida, eu vou fazer.
Benício: O que você quer de mim, Olavo? Já não quebrei a sua cara?
Olavo: Mas isso não vai ficar barato, seu pretinho, assim como eu e a Isabel armamos pra você ser presos, vamos armar pra você continuar aqui.
Benício­-(chocado): Você também tem alguma coisa a ver com esse plano, seu ordinário?
Benício levanta-se e vai até a porta, olhando Olavo pela grade.
Olavo-(sorrindo): Como você se sente ao saber que eu quem colaborei para que você estivesse atrás das grades?
Benício: Você me paga, Olavo, você vai se ver comigo, seu imbecil.
Olavo sorri debochadamente.
Olavo: Você vai aprender com quantos paus se faz uma canoa, Benício, aguarde que o que é seu está por chegar.
Olavo vai embora, deixando Benício intrigado.
Benício-(pensativo): O que será que o Olavo está planejando?
Cena 8: Paramaribo- SME/ Boate Sexy Body/ Escritório de Ronald/ Interior/ Manhã.
Helena entra na sala de Ronald juntamente de um dos capangas do grupo.
Helena: A minha filha não está aqui, seu maldito, o que foi que você fez com ela?
Ronald-(sorrindo): Acredita que a sua filha fugiu ontem mesmo, Helena? Que ironia do destino, eu perco a filha, mas ganho a mãe.
Helena: Filho de uma cachorra, eu vim pra esse lugar à toa.
Ronald: À toa não, você vai faturar muita grana aqui nesse lugar e vai encher o meu bolso de dinheiro, porque é pra isso que você serve, pra ser a puta que você é.
Helena fica calada e Ronald fica desconfiado.
Ronald: Você não está armando nada não, né?
Helena: Armando o quê? O que eu poderia fazer nessa prisão?
Ronald: Vá limpar uns quartos que é mais útil, aqui não é só dar o rabo e fica na mamata, tem que trabalhar pra pagar a dívida.
Helena: Mas que dívida eu tenho com você?
Ronald: A do hospital que tive que gastar dinheiro.
Cena 9: Caxias do Sul- RS/ Hospital Saúde/ Quarto de Jordânia/ Interior/ Manhã.
Isabel está ao lado de Jordânia, a menina está desacordada.
Isabel-(diabólica): Eu não posso esperar você acordar pra saber se está com ou sem memória. –Maligna- Você tem que morrer, minha filhinha, mas eu te amo tanto, -Isabel começa a chorar e depois gargalha- mas você não vai ficar viva, meu amor.
Isabel pega um travesseiro que estava na poltrona e olha maleficamente para Jordânia. Isabel sorri com lágrimas nos olhos.
Isabel-(abaixando o travesseiro): Adeus, minha filha.
Jordânia abre os olhos e Isabel assusta-se, a mulher disfarça e coloca o travesseiro debaixo do outro travesseiro que Jordânia está deitada.
Isabel-(chocada): Jordânia? Como você está?
Jordânia: Ainda com as lembranças do que a senhora e o Olavo disseram na cadeia.
Isabel fica perplexa e Jordânia olha sarcasticamente para sua mãe, que expressa fúria em sua face.
Cena 10: Paramaribo- SME/ Casa de Gerald/ Quarto de hóspedes/ Interior/ Manhã.
Clara e Maria Eduarda estão dormindo. Diana acorda e olha para as meninas.
Diana-(cutucando as duas): Clara, Maria Eduarda?
As meninas continuam dormindo e Diana deixa elas dormirem. Diana sorri e levanta-se, mas quando ela coloca a mão na fechadura, ela ouve e abre uns barulhos de conversa e abre a porta um pouquinho, ela olha pela greta e vê uma mulher conversando com Gerald.
Rebecca-(desesperada): Eu preciso de mais colombianas para fazer o trabalho, eu tenho entregas que vão acabar se atrasando!
Gerald: Olha, Rebecca, eu não estou achando ninguém que queira trabalhar no ramo, as colombianas já estão desconfiados e não aceitam o serviço, eles querem ver com os próprios olhos.
Rebecca: Olha, isso não me importa, foi pra isso que te contratei, vai nessas áreas de pobreza e ofereça algo imperdível, aquelas mulheres não negam um salário altíssimo, mas não exagere porque você sabe que pode trazer desconfiança.
Gerald: Eu vou dar um jeito, pode ficar despreocupada, sempre tem uma pessoa que quer.
Rebecca-(furiosa): Acho bom mesmo, ou do contrário, está despedido!
Rebecca vira as costas e vai embora, deixando Gerald furioso.
Diana-(pensando): Onde foi que eu me meti?
Cena 11: Hotel Courtyard by Marriot/ Quarto de Eric/ Interior/ Manhã.
Eric, Camila e Dionísia estão no computador e vêem a boate por uma micro-câmera instalada em Helena, a mulher vai até o salão e conversa com Ronald e os 3 observam atentamente a tela do computador.
Helena: A minha filha fugiu sozinha, Ronald?
Ronald-(intrigado): Pra que você quer saber?
Helena-(indignada): Uai, eu sou mãe, eu me preocupo com minha filha, a única pessoa que não se preocupa com filho aqui é você, imagina o desgosto que o Renan vai ter quando crescer e souber o lixo que o pai dele é.
Ronald desfere um tapa no rosto de Helena.
Ronald: Lave essa sua boca de vagabunda pra falar de mim!
Helena: Você não vai me dizer com quem a minha filha fugiu não?
Ronald: Ela fugiu com duas outras vadiazinhas, com a Clara e com a Diana.
Dionísia fica boquiaberta e feliz.
Dionísia: A minha filha conseguiu fugir!
Camila: A Helena foi pra lá à toa!
Eric: Á toa não, ela vai se vingar desse homem e acabar com essa quadrilha!
Camila e Dionísia olham esperançosas para Eric, que está tenso.
Cena 12: Paramaribo/ Lanchonete/ Interior/ Manhã.
Célia está a espera de Diana, que chega com Clara e Maria Eduarda. A mulher levanta-se e abraça Diana.
Célia: Querida, como vai você?
Diana: Agora eu estou bem, Célia. –Desesperada- Me leva pra casa, por favor?
Célia olha fixamente para Diana, que está aflita esperando uma resposta.
Continua...

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