Sob o Domínio do Rei - Capítulo 9

                                                                                          




CAPÍTULO 9 
Sexo entre anjos

Participações

Alice Wegmann como Érica 
 Miguel Tirhé como Simon
Heloisa Tolipan como Renata
 
Rodrigo Simas como Gabriel
Cinco Anos Atrás

CENA 1/BAR/NOITE

Jean, entra num bar da cidade. Ritinha, está sentada a uma mesa bebendo com os amigos, Renata, Érica e Simon.
Simon – (à Ritinha) Chegou seu amigo, estranho.
Ritinha, olha para Jean, que se aproxima do balcão, e volta-se para o copo de cachaça. No balcão, Jean pergunta a garçonete:
Jean – Oi, você sabe onde mora aquele rapaz que esteve aqui ontem à noite? Um baixinho, estilo emo e com aparelho nos dentes.
Garçonete – Não faço ideia, mas ele sempre aparece por aqui, talvez você tenha sorte hoje.
Ritinha se aproxima e diz:
Ritinha – Sempre contando com a sorte, Jean. Desencana, vem beber com a gente.
Jean – Não curto aquele, Simon.
Ritinha – Engraçado, ele também não vai com a sua cara.
Jean – Então ficamos quites.
Jean, sai do bar e vê Gabriel, o menino por quem perguntou a garçonete.  Sentado na mureta, acende um cigarro e provoca, Jean.
Gabriel – Vem sempre aqui, moço?
No interior do bar, Ritinha, parece sentir emocionalmente as ações de Jean. E com ânsia de vômito corre para o banheiro. Renata, se preocupa e sai atrás da amiga. Érica, que conversa com um rapaz no balcão também mostra preocupação. 

Renata – Ritinha, espera. O que você tem amiga?

Érica – Espera. Está acontecendo alguma coisa, já volto.

Jean, fuma com Gabriel, que após terminar o seu diz:

Gabriel – Bem, Jean, foi um prazer fumar com você.

Jean, estranha.

Jean – Você [...] bom eu pensei que a gente poderia sair tomar umas cervejas, ficar mais à vontade.

Gabriel, levanta-se coloca a carteira de cigarros no bolso da jaqueta e sorrindo diz:

Gabriel – Eu acho que eu adoraria, gato, mas hoje estou naqueles dias [...] não vai rolar. 
Jean - Okay. - Respira fundo.

Arrasado, pensa em voltar para o bar encher a cara. E no banheiro, amparada por Érica e Renata, Ritinha, sente-se melhor. 

Ritinha – Passou. Já estou bem! - encarando-se no espelho, arrasada.

 Mas no final da noite, Jean se reuni com Ritinha e os amigos em volta de uma fogueira, bebe vinho e ri de qualquer coisa.

Renata – Viva, Ritinha, a garota que toma um porre de cachaça e em menos de meia hora está inteira para o vinho.

Érica – Pessoal, o que vocês acham de todo mundo dormir lá em casa hoje?

Ritinha levanta-se e diz:

Ritinha – Acho uma ótima ideia, que tal uma noite só das garotas? Vocês não se importam né meninos? - encarando o homem de sua vida.

Com olhar de cumplicidade, Simon diz à Jean:
Simon – É acho que sobramos, bora lá em casa estranho?

E na garagem de casa os jovens arrancam suas roupas e se entregam a ardente atração até então escondida por trás de uma antipatia gratuita. Jean, o toma nos braços, percorre seu peito sugando cada centímetro de sua carne. Simon, entra em extase, exalando uma fragrância que atrai ainda mais seu parceiro, o deixando cada vez mais louco por aquele momento, e num rápida troca de olhares, Jean, entende  o  desejo do outro e enterra-se entre suas pernas abocanhando seu membro. Simon, sente seu corpo tremer e então deixa sua seiva vital jorrar. Por fim, deitam-se abraçados sobre qualquer coisa aveludada. Simon, engue o queixo. Então ri com vontade. 


Dias Atuais 

CENA 2/ APARTAMENTO DE JEAN/DIA

Jean, desperta de um pesadelo. Caminha até a pequena sacada. A lua no fim da rua vê o dia nascer. Fumando um cigarro comtempla a hora cinza. Hora em os pensamentos permeiam a insanidade... Hora pálida e cálida.

Jean -  A hora cinza, esse momento que não é nem de noite, nem de dia. A hora em que um dia vou morrer.

CENA 3/CARRO/DIA
Jean, sai com o carro da garagem e estacionado próximo dali, Fano junto de Ramiro, arquiteta um plano mortal ao inimigo. 
Ramiro – Já está saindo.
Fano – Prepara-se Jeanzito, por que você mesmo buscou isso.

CENA 4/ FÁBRICA REI DO FUMO/DIA

Do escritório, Don Armando, liga para Jean.

Dom Armando – Filho, tive um assunto de urgência para resolver, venha direto pra fábrica.

Após, desligar o telefone, encara o que se apresenta à sua frente.
Armando – Muito bem, Bartô Galeno, agora somos só nós dois. Sabe que eu já esperava por esse dia?

Bartô – Não mais do que eu. Pode acreditar.

CENA 5/FABRICA REI DO FUMO/DIA
Jean, chega na fábrica e ao sair do carro se depara com Bartô, descendo às escadas. Com um sorriso de orelha a orelha, corre abraçar o amigo que deixa a mochila cair no chão.

Jean – Bartô!

Bartô – Jean! Meu forasteiro favorito, que mundo pequeno não?

Jean – Jamais poderia imaginar que iria te encontrar aqui.

Bartô – É uma longa história.

Jean – Podemos nos encontrar hoje em algum lugar pra falarmos de fábulas?

Bartô – É claro que sim. Coloca a mão sobre o ombro de Jean. – Como é bom te ver de novo.

Bartô, ajunta sua mochila o deixa ali sorrindo, desconcertado.

CENA 6/ESCRITÓRIO DE DON ARMANDO/DIA

Jean, entra. Don Armando em frente a Janela, pensativo. 

Jean – Don Armando.

Don Armando – Jean, não percebi você chegar. Aproxima-se de sua mesa.  Você acredita que todas as pessoas nessa vida têm uma sina?

Jean – Nunca fui de acreditar, mas quando cheguei aqui duas pessoas me disseram que eu deveria seguir a minha.
Dom Armando – Desde que vi você entrar por aquela porta a primeira vez, algo me disse que… – segurando a emoção.
Jean – Algo lhe disse o quê?
Dom Armando – Que você é filho que eu sempre quis ter.
Jean – Don Armando [...] Agora quem ficou emocionado fui eu. O senhor não imagina tudo que eu vive nos últimos meses. E ouvir isso, agora. - solta o ar. 
Dom Armando – Sim! Eu imagino. Basta olhar pra você, carregas uma carga muito grande nas costas, Jean, e uma hora terá que se abrir ou isso vai acabar com você.

CENA 7/CASA DE CAROL/DIA

Carol, arruma os travesseiros sobre a cama, pega a carteira de cigarros e senta-se apoiando as costas à cabeceira, acende um cigarro e olhando para o teto percebe algo estranho num sensor de movimento.

REI DO FUMO/DIA

De sua sala, Fano, vê quando, Carol apaga o cigarro e desconecta a câmera instalada.

Fano – Droga!

CENA 8/CASA DE CAROL/DIA

Com as câmeras da casa jogadas sobre a mesa, Carol, encara Jean, que diz:

Jean – Esse cara é um doente, se ele é capaz de te vigiar assim é capaz de qualquer coisa.

Carol – Se cuida, por favor, Jean. – levanta da cadeira e o abraça forte.

Carol – Se cuida.

Jean – Calma! Calma! Não vai acontecer nada.

CENA 9/RUA/NOITE

Jean, sai da casa Carol, Ramiro o segue e liga para Fano, que também está ao volante.

Ramiro – Acabou de sair da casa da Carol, chefe.

Fano – Segue cada passo desse desgraçado e me mantenha informado.

CENA 10/RESTAURANTE/NOITE

Jean, chega ao restaurante para encontrar, Bartô que já o espera em uma mesa nos fundos da varanda.

Jean – Boa noite.

Bartô – Bem-vindo!

Jean – Escolheu um ótimo restaurante. – Senta-se.

Bartô – Pois hoje é um dia para comemorarmos. Vinho?

Jean – Por favor.

Enquanto serve-lhe vinho.

Bartô – Não imaginava mesmo que iria te encontrar trabalhando para o rei do fumo, Jean.

Jean – Pois eu tão pouco. E hoje descobri que até as pessoas como ele são capazes de ter compaixão.

Bartô – De verdade?

Sério, direto ao ponto:

Jean – O que fazia hoje com, Armando Cardona?
Bartô – Vim lhe refrescar a memória, não é bom que esqueçamos nossas dívidas com o passado.
Jean – É ele não é? Armando Cardona é a pessoa com quem tem contas a acertar?
Bartô – Isso você saberá no momento certo. Por enquanto só vou ficar bem perto e de olhos bem abertos.

Jean – Pensa em contar comigo pra algo?

Bartô – De jeito nenhum, ou poderia?

Jean – Não!

Bartô, sorri e levanta a taça de vinho.

Bartô – As fábulas, Jean, meu amigo!

Jean, levanta o copo.

Jean – Às fábulas, Bartô!

CENA 11/HOTEL/NOITE

Bartô, acende a luz do quarto e diz a Jean, que solta as chaves do carro sobre a mesa.

Bartô – Por enquanto estou por aqui, mas amanhã mesmo vou ver uma casa. Uma casa digna de um rei meu caro. Eu sei que mereço.

Jean, o encara seriamente e se aproxima:

Bartô – O que foi? - assustado.

Jean – Não sabe o quanto tenho pensado em você.

Vem o silêncio, os olhares se encontram, Jean, parte pra cima como um lobo faminto e os dois entregam-se aos beijos e carícias.      

 

Continua…

congelamento final de capítulo Jean e Bartô. 


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