Sob o Domínio do Rei - Capítulo 18





Capítulo 18 
  Emboscada  





CENA 1/ RUA/ EXTERIOR/ DIA

Ferido na cabeça, Silas, levata-se do chão segurando-se na porta do carro, pega seu celular e liga para, Jean.  

Silas – Jean, sofremos uma emboscada na estrada, sequestraram a D. Ivone e a Ritinha.

CENA 2/ SALA DE JEAN/ INTERIOR/ DIA
No escritório da fábrica, Bartô, tenta acalmar Jean.  Desesperado.

Bartô – É hora de pensar com a cabeça fria, Jean, desespero não vai resolver nada.

Jean – (chorando) E o que quer eu faça caralho? Elas estão correndo risco e tudo por minha culpa.
Aroldo, entra para controlar a situação. 

Aroldo – Jean! 

Jean – Levaram minha mãe e a Ritinha, Aroldo, o que eu vou fazer agora?

  Desesperado,  apoia-se à mesa, e Aroldo, o segura firme. 

Aroldo – Jean, você me fez te respeitar, e nesse mundo há poucas pessoas que eu respeito. Você é um líder! Comporte-se como tal!

Jean – (desesperado, chorando muito) Não posso!

Aroldo – Pode e deve. Vamos!

Jean, tira forças de dentro de si, seca as lágrimas e diz. 

Jean – O que preciso fazer?

Aroldo – Walter e Júlio Pernas, estão com a sua família, precisa negociar com eles, eu sei que você consegue controlar a situação. É um plano muito arriscado, mas ou é isso, ou vai enterrar seus entes queridos.

CENA 3/ CATIVEIRO/ INTERIOR/ DIA

Amarradas e trancadas, Ritinha e D. Ivone, acreditam que, Jean virá salvá-las: 

Ritinha – (desesperada) Eu não quero morrer aqui, D. Ivone, eu não quero.

D. Ivone – Calma, isso não vai acontecer, Jean, vem nos buscar, só precisamos ficar aqui, aguentar firmes nas mãos desses desgraçados.

Ritinha – A senhora, acha mesmo que sabe com quem está lidando D. Ivone? A senhora não tem ideia do porque isso tá acontecendo com a gente.

D. Ivone – Não Rita, não sei porque, e não sei nem quem são, mas ele nunca iria nos abandonar, disso eu sei, Jean, nunca descumpriu a sua palavra com a mãe dele.

CENA 4/ REI DO FUMO/CATIVEIRO/ INTERIOR/ DIA

Jean, liga para, Júlio, e começa a negociação mais importante da sua vida.

Jean – Júlio, quem fala é, Jean Ribeiro, quero negociar a liberação da minha mãe da minha amiga.

Júlio – Pensei que ia arregar, Jean Ribeiro, estou com os tesouros mais valiosos pra ti, não é verdade?

Jean – Sim é verdade, são os meus mais valiosos tesouros, por isso estou te contatando, o que tenho que fazer?

Júlio – Vem sozinho, Jean Ribeiro, e sem armas, a negociação é simples sua vida pela vida de seus tesourinhos, e por falar de tesouros, muito bonita essa cachorrinha, Ritinha não é, quantas vezes já comeu? Ah! não se faça de rogado, Jean Ribeiro.

Jean – (raiva)Desgraçado, não se atreva a encostar um dedo nela, está me ouvindo?

Aroldo, chama a atenção de Jean, para não discutir com Júlio.

Aroldo – Jean, não discuta.

Júlio – Aroldo está com você?  já te adverti venha sozinho ou não há trato.

Jean – Estou sozinho nessa, Aroldo, não quer se meter em problemas.

Júlio – Melhor que seja assim, não estou nem um pouco a fim de matar mais gente. Te espero para nosso acerto de contas, Jean Ribeiro.

Jean, abre a porta de acesso para a piscina, e na beirada ajoelha-se, chorando. Bartô, o acompanha.

Bartô – Não deveria ir sozinho, e se eu for com você?

Jean – Não, o problema é meu.

Bartô, ensaia alguma palavra, mas é interrompido pela chegada de Aroldo.

Aroldo – Vamos, Jean.

Jean, se levanta, e sai com ele.

Bartô – Não me deixem sem notícias, por favor.

CENA 5/ DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL/ INTERIOR /DIA

Irlana, sub delegada de Polícia, entra na sala de Luiz, com informações do carro abandonado à caminho do aeroporto.

Irlana – Luís, aqui tenho as informações do carro abandonado no caminho do aeroporto.

Luis –  E a quem pertence?

Irlana – Está no nome de Rei do Fumo Ltda.

Luiz – A fábrica de fumos que pertencia ao Armando Cardona. Acerto de contas entre máfias, me consiga informações de quem dirigia, e quantas pessoas haviam nele. Eu vou dar uma saída nos vemos em duas horas.

Luis, sai, e Irlana, olha para o mural da “Operação Arthur”, que investiga os negócios ilícitos da fábrica de Armando Cardona. 

Irlana – Ninguém conseguiu pegar você, Don Armando, mas a cabeça do seu protegido será meu prêmio de consolação.
CENA 6/ DELEGACIA/ INTERIOR/ DIA 

Bruna Vitoria, agente de Polícia mais nova na corporação, entra na sala.

Bruna Vitoria – O Luis, saiu apressado.

Irlana – Quatro anos, Bruna, quatro anos de investigação e a impressão que eu tenho é que ainda não saímos do chão.

Bruna – (tímida) Talvez nem todos estejam empenhados como a doutora.

Irlana – (séria) Feche a porta.

Bruna, fecha a porta e Irlana, senta-se na cadeira de Luís: 

Irlana – Tenho percebido que muitas coisas não se encaixam, quando temos algo que possa incriminar essa organização, não sei, vem uma avalanche e tudo vai por água abaixo, Bruna.

Bruna – Uma organização como do Cardona, tem muitos informantes, muita gente poderosa envolvida, inclusive da própria polícia.

Irlana – Há algo que eu não saiba, ou não tenha percebido?

Bruna – Ligações suspeitas, saídas misteriosas te dizem algo?

Irlana – Não, o Luís, não seria capaz.

Bruna – Irlana, eu estou aqui pra ser seu braço direito, e eu sei que essa operação só terá êxito nas suas mãos. (ajeita-se na cadeira) – investigue a fundo, garanto que não vai se arrepender.

CENA 7/ ESCRITÓRIO DE AROLDO/ INTERIOR/ DIA

Aroldo, bate na mesa, e diz ao delegado, Luís.

Aroldo – Droga, Jean, não podia ser se descuidado agora.

Luís – É meu caro, sinto que as coisas ultimamente não vão nada bem. Irlana, é muito hábil no que faz, e conta com a ajuda de uma investigadora promissora. Maldita hora que ascendeu na Polícia Federal.

Aroldo – Não podemos ficar de mãos atadas, compre-as, todos tem um preço. (olha para o celular)

Luís – Ligação importante?

Aroldo –  É a prova de fogo.

CENA 8/ CATIVEIRO/ EXTERIOR /DIA

Jean, chega no cativeiro de D. Ivone, e Ritinha. Há homens armados por todos os lados. Os homens de Aroldo, se posicionam em lugares estratégicos para não serem vistos; Júlio, aparece na porta do cativeiro, e de uma distância segura, Jean, negocia pelas vidas de Rita, e D. Ivone.

Jean – Já estou aqui, Júlio, sozinho como combinado, agora diga-me o que tenho que fazer?

Júlio – Pensei que tinha sido claro com você, Jean. Sua vida pela de seus tesouros mais valiosos.

Jean – Não precisamos chegar a isso, Júlio, libera as duas, e hoje mesmo me ponho pra fora desse país, ninguém mais terá notícias minhas.

Júlio – Acha mesmo que confio em você? Tínhamos um trato com o Cardona, ele não se metia nos nossos negócios, e tampouco nós nos dele, todos saímos ganhando. Mas você fez totalmente o contrário, Jean Ribeiro, abriu uma empresa de transportes marítimos é veja só os Pernas estão perdendo dinheiro como água.

Jean – Eu não tinha acordo com os Pernas, Júlio, e além do mais tentaram me matar quando nem pensava em meter-me nos seus negócios.

Júlio – Está acabando seu tempo, Ribeiro, entre e liberamos sua mãe, e a pretinha, Rita.

CENA 9/ CASA DE BARTÔ/ESCRITÓRIO DE AROLDO/  INTERIOR/ DIA

Preocupado com, Jean, Bartô liga para Aroldo. 

Bartô – Alguma novidade, Aroldo?

Aroldo – (nervoso) Novidade nenhuma, Bartô, e já te disse não ocupe a linha estou esperando notícias de Jean. É questão de vida ou morte, caralho.

Aroldo, desliga, e em seguida liga para um de seus homens.

Aroldo – Se algo der errado elimine a todos.

CENA 10/ CATIVEIRO/ EXTERIOR/ DIA

Negociação continua.

Jean – Acha mesmo que sou imbecil, Júlio? Só me entrego a ti quando minha mãe e Ritinha, estiverem bem longe deste lugar.

Júlio, olha para um de seus capangas, e ordena: 

Júlio – Tragam-nas.

Dentro do cativeiro, dois capangas desamarram, Ritinha e D. Ivone e as levam para fora. 

Ritinha – O que está acontecendo? Pra onde estão nos levando?

Ao ver, Jean, Ritinha, grita e sai correndo em sua direção.

Ritinha – Jean, é uma armadilha vão matar todos nós.

Jean – Rita, não.

Júlio – (grita) Desgraçada! 
Atinge-lhe nas costas. A troca de tiros começa, D. Ivone, é atingida pelos capangas de Júlio, e cai próximo de Ritinha, já morta.
D. Ivone – Jean, meu filho.

Júlio, é morto com um tiro na cabeça, Jean, protege-se da rajada de balas, jogando-se atrás de um contêiner. Todos os homens de Júlio, são mortos no confronto. Jean, levanta-se tira o casado e os explosivos que trazia no corpo e se joga diante do corpo de Ritinha.

Jean – (desespero) Rita,  levanta, você não pode morrer agora.

Chorando, segura D. Ivone. Morrendo em seus braços.

Jean – Mãe, mãezinha, não pode morrer, não me deixe sozinho, por favor.

D. Ivone – (soluçando) Me perdoa se não fui uma boa mãe, meu filho.

Jean – (acaricia seu rosto) Eu é que nunca fui um bom filho. 
 Ajeita o corpo da mãe em seu colo e chora desesperadamente.

Continua ... 
 
congelamento final de capítulo Jean Ribeiro.  
 

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