Buquê de Lágrimas- Capítulo 17. (Penúltimo Capítulo)


Capítulo 17:
Cena 1: Hotel Courtyard by Marriott/ Quarto de Eric/ Interior/ Manhã.
Eric: Eu tenho que ligar para um colega meu.
Dionísia: Eric, você sabe quando vão invadir aquela boate?
Eric: Se a Helena tiver passado por todos os cômodos, eles irão invadir amanhã mesmo, eles devem montar um plano de invasão hoje.
Camila: Então fala logo com a Helena, manda ela ir pro banheiro e pergunta ela se já passou por todos os cômodos.
Eric: Vou fazer isso agora mesmo. –Pega o microfone que dá acesso ao fone de Helena- Helena, vai pro banheiro pra falar comigo.
Helena vai para o banheiro, enquanto Eric e as mulheres acompanham tudo pela câmera.
Eric: Você já passou por todos os cômodos da boate?
Helena-(falando baixo): Passei sim, amor. Por quê?
Eric: Eu vou comunicar para os policiais e amanhã com certeza eles irão invadir a boate. Se for certeza mesmo, eu preciso te confirmar hoje e passar todas as instruções para as vítimas.
Helena: Vou ficar no aguardo, meu amor, quando precisar, me chame.
Eric: Ok, agora sai do banheiro senão eles vão desconfiar. Ah, e eu preciso que você me passe o número de pessoas que trabalham aí.
Helena: Com os dois patifes são 12 pessoas.
Eric: Ok, se cuida, amor, te amo.
Helena: Também te amo, meu lindo.
Eric desliga o microfone, Dionísia e Camila sorriem.
Eric: O que foi?
Camila-(debochada): Nada, amor.
Dionísia: Meu lindo.
As duas gargalham e Eric fica sem graça.
Cena 2: Caxias do Sul- RS/ Hospital Saúde/ Quarto de Jordânia/ Interior/ Manhã.
Isabel: Você não vai contar nada pra ninguém, sua preta desgraçada.
Jordânia: Quer apostar que não?
Isabel: Não porque eu vou te matar aqui mesmo, sua macaquinha.
Jordânia: Como você tem coragem de matar a sua filha?
Isabel-(sorrindo): Filha? Mas que filha, Jordânia? Você não é a minha filha, o único gosto que eu tive na minha vida, foi ter tido uma filha branca, mas eu tive que trocar ela na maternidade por você!
Jordânia-(chocada): O quê?
Isabel-(desabafando): É isso mesmo, Jordânia, eu traí o seu pai, tive uma filha branca e tive que trocar ela na maternidade! Quer que eu desenhe? EU-NÃO-SOU-SUA-MÃE!
Jordânia-(lacrimejando): A senhora só pode estar ficando louca! Está falando isso pra me atingir...
Isabel: Jamais, queridinha, me convinha mais ficar com o seu pai do que aquele pé rapado que eu tinha um caso.
Jordânia-(boquiaberta): Para de brincar com uma situação dessas, pare de me chantagear, mamãe!
Isabel-(grita): Não me chama disso, sua cadelinha negra!
Jordânia: Eu não acredito em você, tudo o que a senhora fez na vida, foi mentir e vai continuar fazendo a mesma coisa.
Isabel: Quer fazer um exame de DNA pra ver se você é mesmo minha filha e do Jorge? Tenho certeza de que você vai ter uma grande surpresa, querida.
Jordânia-(marejando): Não, não, não! Você não pode ter feito isso comigo, mamãe.
Isabel-(furiosa): Para de me chamar de mãe, eu não sou a sua mãe, você não é a minha filha, você não merece me chamar de mãe, não mereceeeeeeeh.
Jordânia assusta-se quando Isabel tenta abafá-la com o travesseiro, Jorge chega e tira Isabel de cima da filha.
Jorge-(grita): Para! Por que você está fazendo isso, Isabel?
Jordânia-(olhos lacrimejados/chocada): Porque eu descobri que ela tem um caso com o Olavo bem antes de eu ser namorada dele, e ela acabou de me confessar que não é a minha mãe.
Jorge olha para Isabel, muito chocado.
Jorge-(abalado): Isso é verdade, Isabel?
Isabel-(farta): É!
Jorge fica paralisado, enquanto Isabel sorri feito uma louca.
Cena 3: Paramaribo- SME/ Lanchonete/ Interior/ Manhã.
Célia olha para Maria Eduarda e Clara.
Célia: Querida, como vamos voltar com essas duas? Eu não tenho dinheiro pra elas.
Diana-(implorando): Pelo amor de Deus, liga pra minha mãe, pede dinheiro emprestado, liga pra quem for e pede, eu prometo que eu pago.
Célia: A questão é que eu não sei quem posso pedir e quando eu saí de lá, sua mãe me disse que estava passando por um problema financeiro grande, por isso não foi atrás de você e eu decidi vir.
Diana: Célia, você é a minha única esperança, me ajuda? Eu fui pra casa de um homem que nem conheço e estou dando esperanças falsas à ele, porque eu fugi de uma quadrilha onde traficam pessoas.
Célia-(fingindo): O quê? Diana, você se meteu nisso também?
Diana: Sim, mas eu não fui porque quis, assim como a minha mãe, me enganaram!
Célia: Olha, faz o seguinte, tem um vôo amanhã de manhã para o Brasil, fiquem na casa desse homem até amanhã, tenho medo desses bandidos verem vocês comigo e fazer alguma coisa.
Diana-(segurando a mão de Célia): Muito obrigada, Célia, você é uma amiga maravilhosa.
Célia encara Diana e dá um sorriso bem malicioso, porém disfarçado.
Célia: De nada, querida. Então vocês já podem ir porque eu vou pagar a conta. Mas peguem um dinheiro pra pagarem as passagens de ônibus.
Célia entrega um dinheiro para as meninas, que vão esperançosas.
Célia-(pensativa): Eu tenho até amanhã pra encontrar aquele homem da boate e entregar essas meninas nas mãos dele!
Cena 4: Caxias do Sul- RS/ Hospital Saúde/ Quarto de Jordânia/ Interior/ Manhã.
Jorge: Não estou acreditando nisso, Isabel. Como você teve coragem de fazer isso comigo, sua cadela?
Isabel: Ai, meu bem, se fosse um pouco mais inteligente, teria percebido que eu odeio negros, ficar com você é conveniência.
Jorge lança um tapa na cara de Isabel, que sorri descontroladamente.
Jorge-(chocado): Meu Deus, você está ficando louca, Isabel.
Isabel-(grita): Louca, louca, louca! Eu estou maluca e vocês vão ver como eu sou mais maluca ainda!
Isabel empurra todos os aparelhos médicos no chão, a mulher começa a quebrar o local e Jorge tenta pará-la, mas Isabel consegue atingir o homem com um dos aparelhos na cabeça, desmaiando-o. Jordânia que está na cama, decide levantar-se, mas está bem fraca. Isabel pega um vidro de gasolina e joga na poltrona.
Isabel-(sorrindo): Encontro vocês dois no inferno!
Isabel pega um isqueiro e joga no sofá, que pega fogo, alguns funcionários chegam e ficam chocados com o ocorrido. Jordânia grita pedindo socorro e Isabel pega um canivete, ameaçando as pessoas.
Isabel: Me deixem passar ou eu furo algum de vocês.
Assustadas, as pessoas deixam Isabel passar, ela foge do hospital e os funcionários acodem Jordânia e Jorge, retirando-os do quarto.
Cena 5: Tarde. Paramaribo- SME/ Recepção/ Interior.
Célia está entrando no local e Dionísia surpreende Célia, segurando o braço da mulher.
Dionísia-(segura): Você sabe onde a minha filha está, eu exijo que você me fale.
Célia-(chocada/soltando-se): Deixa de ser louca, sua cadela, eu estava brincando com o que disse ontem!
Dionísia: Engraçado, a minha filha fugiu do bordel que ela estava ontem!
Célia-(despistando): Então foi apenas uma coincidência.
Dionísia-(indignada): Você é uma ordinária mesmo, Célia. Como você pode se transformar nesse lixo em tão pouco tempo?
Célia: O desejo de vingança é a causa disso tudo e eu não sou mais lixo do que você, aqui a única pessoa que tem o passado sujo é você!
Dionísia-(farta/grita): Passado, passado, passado e mais passado! Você não se cansa disso? Olha, você pode falar o que quiser do meu passado, isso não vai mudar quem eu sou agora, já você, está falando do meu passado e está se igualando à ele.
Célia: Você destruiu a vida de muitas pessoas e eu vou destruir a sua, isso não tem comparação.
Dionísia: Isso á fato, mas é questão de caráter. Não mude de assunto e me diga onde a minha filha tá!
Célia-(farta): Você nunca vai saber, Dionísia, eu nunca vou te contar onde a Diana estava, e sabe o que mais? Eu acabei de me encontrar com ela e duas coleguinhas, não foram elas que sumiram?
Dionísia fica chocada com a frieza de Célia.
Dionísia: Um dia você vai se arrepender de tudo o que você está fazendo.
Célia: Só se eu morrer e não tiver acabado com a sua vida antes!
Eric e Camila chegam, Célia vai andando, mas ela esconde-se atrás de uma parede.
Eric-(intrigado): O que estava acontecendo?
Dionísia: Essa desgraçada sabe onde a minha filha está e não quer falar.
Eric: Falar na sua filha, amanhã teremos que ir na boate, às 9 hrs da manhã.
Célia dá um sorriso maquiavélico.
Célia-(pensando): É amanhã que eu vou completar uma parte da minha vingança!
Cena 6: Presídio Industrial de Caxias do Sul/ Banheiro/ Interior/ Tarde.
Benício está tomando banho e fica surpreso ao ver Olavo.
Olavo-(debochando): Você é mais preto do que eu imaginava.
Benício: Será que eu não vou poder nem tomar banho em paz não?
Olavo: Desgraçado, você não vai viver em paz, eu vou acabar com a sua vida dentro desse lugar.
Um carcereiro ouve tudo e depois se afasta dali, Olavo e Benício não percebem.
Benício: Não me faça voltar de novo para aquela cela maldita, porque eu vou acabar quebrando essa sua carinha de play boy.
Olavo-(provocando): Ah vai? Então vem, vem que eu tô esperando...
Benício finge que não está ouvindo e Olavo chega mais perto dele.
Olavo-(diabólico): Além de preto é surdo! Não tá me ouvindo não, neguinho?
Benício olha para Olavo com raiva.
Olavo: O que foi? A escrava Isaura ficou com raiva?
Benício: Não me provoca, Olavo, eu sou capaz de sair daqui pelado e acabar com a sua vida raça mesmo!
Olavo: É pra mim ter medo? Você sabe muito bem quem vai pra cela de castigo, te colocar nessa cadeia foi a melhor coisa, foi uma bênção ter matado aquele negro juntamente da Isabel e te colocar aqui.
O delegado chega na hora com o carcereiro que estava ouvindo a conversa.
Delegado: Fico muito admirado com seu belo plano, Olavo, será que você não está no lugar certo e o Benício no lugar errado?
Olavo fica chocado com a chegada do delegado.
Olavo: Não é isso que o senhor ouviu.
Delegado: Eu ouvi claramente o que você disse. Senhor Benício, assim que acabar com seu banho, o senhor pode ir à minha sala assim que terminar de tomar banho para ser solto e poderá entrar com um processo contra o senhor Olavo à qualquer momento, eu direi ao juiz tudo o que ocorreu, caso precise de mim.
Olavo fica desesperado.
Olavo-(desnorteado): Senhor delegado, foi ele quem me obrigou a dizer isso, ele está me ameaçando.
Delegado-(grita): Não complique mais a sua situação, senhor Olavo!
Benício: Enfim a justiça foi feita, Olavo, eu estou saindo de onde eu nunca deveria ter entrado. –Falando com o delegado- É sério mesmo que eu já posso sair aqui?
Delegado: Sim, você pode sair daqui.
Benício: E a Isabel? O que vai acontecer com ela?
Delegado: Bom, ela será presa, porque ele confessou e no dia do crime, ela estava, é uma prova e tanto.
Olavo fica indignado com a atitude do delegado, enquanto Benício toma seu banho sorridente.



Cena 7: Paramaribo- SME/ Casa de Gerald/ Sala/ Interior/ Tarde.
Gerald chega encontra as meninas sentadas e conversando. O homem sorri.
Gerald: Você sabia que era isso que eu sempre quis ter, Diana? Chegar em casa, ter uma pessoa pra ficar comigo e duas crianças alegres.
Diana-(disfarçando): Sério? Que bom então, Gerald, saiba que eu vou ser eternamente grata à você, eu não tenho como te pagar mesmo.
Gerald: A única coisa que eu te peço, é que você tente ser feliz comigo, eu prometo te fazer feliz.
Diana: Olha, eu não estou preparada pra isso agora, você sabe do que eu passei, eu já te contei e aquilo que aconteceu naquela boate, me traumatizou muito, eu era muito maltratada lá.
Gerald: Mas aqui você não vai ser, você tem o seu tempo e eu vou te respeitar. –Respira fundo- Bom, eu vou tomar um banho e já volto.
Gerald dá um beijo na cabeça de Diana e sai. Diana fica pensativa.
Diana-(pensando): Mesmo que ele seja um homem ruim, Deus, foi ele quem me ajudou, será que sair sem falar nada, é o certo?
Maria Eduarda e Clara encaram Diana.
Maria Eduarda: O que foi, Diana?
Lágrimas percorrem do rosto de Diana.
Diana-(disfarçando): Eu estou pensando na vida, na minha mãe, em tudo o que já aconteceu em tão pouco tempo.
Clara: Mas já acabou, aquela mulher vai nos ajudar, você lembra que ela disse que vai levar a gente pro Brasil?
Diana-(falando baixo): Não fala isso alto, o Gerald pode ouvir.
Clara: Desculpa.
Diana: Olha, eu estou me sentindo muito culpada em fazer isso, ele nos ajudou, mas eu tenho que ir embora.
Maria Eduarda: Ele deve nos entender.
Diana: Será, Duda? –Pensando- Ele é quase a mesma coisa que o Ronald e o James, certamente ele vai ficar com ódio de mim, pois ele escraviza pessoas.
Cena 8: Boate Sexy Body/ Alojamento/ Interior/ Tarde.
Helena está sentada, ela pensa em vários momentos da sua vida.
Flashback:
Pisca:
Helena: O que você fez com a minha filha que ela está assim?
Professora: Eu não fiz nada, só que ela precisa te contar uma coisa.
Helena- nervosa: Fez sim, sua maldita! Pois fique sabendo que a minha filha não volta aqui nunca mais.
Helena leva sua filha embora, a professora segue as duas até o carro.
Professora: Quando chegar em casa, pergunte pro seu marido o que aconteceu.
Helena- intrigada: Do que você está falando?
Professora: Descubra você mesma, não é uma ótima mãe?
Pisca:
Helena- sofrendo: Filha, por favor, eu preciso de uma resposta sua, você está falando a verdade?
Helena chora inconsolavelmente e Maria Eduarda vira as costas, frustrada.
Pisca:
Maria Eduarda: A senhora ama mais ele ou eu?
Helena: Mas é claro que não.
Maria Eduarda: E por que não acredita em mim?
Pisca:
Helena: Filha, posso conversar com você?
Maria Eduarda: Acho que a senhora prefere conversar com o Ronald, ou estou enganada?
Helena: Para com isso, meu amor, você sabe que eu te amo!
Maria Eduarda: O que adianta você me amar se não acredita em mim?
Helena: Filha, você viu o seu comportamento hoje de tarde? Disse que iria separar eu e o Ronald. O que eu devo pensar?
Maria Eduarda: Isso agora pouco me importa, eu só quero que a senhora me deixe em paz.
Helena começa a chorar e Maria Eduarda corre para o banheiro, trancando a porta.
Helena: Filha, não faz isso comigo.
Maria Eduarda permanece calada.
Helena: Você não tem noção do quanto eu amo você e o Ronald, vocês são as duas pessoas mais importantes da minha vida.
Maria Eduarda- voz de choro: Mas pelo visto, a senhora ama mais ele!
Fim do flashback.
Os olhos de Helena estão cheios de lágrimas, o que expressa todo o seu arrependimento ao ter ignorado sua filha e ter dado atenção à uma pessoa que jamais merecia. Helena dá um grito assustando todos em volta e expressando toda a sua dor.
Helena-(pensando/vingativa): Você vai me pagar por tudo Ronald, cada minuto que nós fizemos a minha filha sofrer, você vai me pagar, eu vou acabar com você!
Ronald entra no alojamento e sorri ao ver Helena chorando.
Ronald: Está com saudades da filhinha, meu bem?
Helena-(olhos marejados): O meu maior arrependimento foi ter te conhecido, Ronald, eu vou acabar com você, vou destruir a sua vida, assim como você fez comigo e me induziu a fazer com a minha filha.
Ronald-(diabólico): Aqui dentro? Você não tem nem uma arma pra sequer atirar em mim, Helena.
Helena: Me aguarde, Ronald.
Ronald pega Helena pelo pescoço e enforca a mulher.
Ronald: Tome muito cuidado com o que você está planejando, Helena, na primeira tentativa de fugir daqui, eu te mato como se tivesse matando uma formiga, porque eu sim posso pisar em você, assim como posso fazer com todos esses daqui!
Ronald solta o pescoço de Helena, que tosse.
Helena-(provocando): Você acredita em queda, Ronald?
Ronald-(intrigado): Que tipo de queda?
Helena: Por exemplo, eu tenho um império, depois ele acaba de uma hora pra outra!
Ronald-(curioso): O que você está querendo dizer com isso?
Helena: Pra quem sabe ler, um pingo é letra!
Ronald olha para Helena, confuso.
Cena 9: O vídeo mostra imagens da noite se passando até se formar um novo dia. Hotel Courtyard by Marriott/ Recepção/ Interior/ Manhã.
Eric, Dionísia e Camila encontram-se no local. Célia está escondido observando-os
Eric: Então vamos?
Dionísia: Vamos.
Camila: Seja o que Deus quiser.
Os três retiram-se do local, e Célia vai atrás com muita astúcia.
Cena 10: Aeroporto Internacional de Paramaribo-Zanderij/ Interior/ Manhã.
Maria Eduarda, Diana e Clara estão no local, sentadas à espera de Célia.
Diana-(alegre): É hoje que nós chegamos ao Brasil.
Clara-(esperançosa): E eu vou ter uma casa pra morar.
Maria Eduarda: E eu vou ver a minha mãe depois de tanto tempo.
Diana agacha em frente à Maria Eduarda e Clara.
Diana: Mesmo que a gente tenha sofrido, foi tão bom conhecer vocês duas, essa é a melhor coisa que vou tirar desse lugar imundo.
Maria Eduarda e Clara abraçam Diana, as três choram emocionadas.
Cena 11: Caxias do Sul/ Rua/ Manhã.
Isabel está andando pela rua e fica surpresa ao encontrar Benício.
Benício: Era você mesmo que eu estava procurando.
Isabel: O que você teria pra falar comigo, Benício?
Benício: Eu queria saber porque a Jordânia não está no apartamento dela, por acaso a senhora sabe onde ela está?
Isabel-(sorri): Não ficou sabendo, querido? Jordânia pediu perdão pra mim e pro pai dela, ela voltou pra casa.
Benício-(chocado): O quê? Isso só pode ser mais uma de suas mentiras!
Isabel: Tá duvidando? Pois vá e comprove com seus próprios olhos, ela têm coisas para falar com você, queridinho.
Benício-(decidido): Eu vou ir mesmo, e se ela tiver alguma coisa pra me falar, que ela fale.
Isabel: Terá uma grande surpresa, se quiser, eu te dou até uma carona.
Benício dá as costas para Isabel e sai andando, a mulher olha para ele com muita fúria.
Isabel-(pensando/maléfica): É lá mesmo que eu vou matar você e todos, seu desgraçado!
Isabel segue Benício.
Cena 12: Paramaribo- SME/ Boate Sexy Body/ Rua/ Manhã.
De longe, Dionísia mostra a boate para Eric e Camila, um delegado vestido casualmente, chega.
Dionísia-(falando olhando para a boate): Senhor delegado, aquela ali que é a boate onde a Helena está.
Delegado: Sim, ela está ciente de que vamos invadir essa boate, né?
Eric: Sim, ela está ciente de tudo e vamos pedir para ela avisar à todos as pessoas traficadas que estão nessa boate.
Camila: Delegado, não tem perigo?
Delegado: Olha, senhorita, perigo tem, mas não podemos afirmar que todos sairão vivos de lá, porque essa é a nossa expectativa.
Eric: Eu vou poder participar dessa invasão, né?
Delegado: Sim, já consegui uma autorização para que você participasse.
Célia observa tudo de longe e vê os eles olhando para a boate.
Dionísia: Vai ser hoje de noite mesmo, né?
Delegado: Sim, vai ser, eu sugiro que todas vocês procurem um lugar novo para ficar, porque pelo que fiquei sabendo, esse bandido sabe onde vocês estão, não custa nada ele mandar alguém ir atrás de vocês, caso desconfie de alguma coisa.
Camila: Acho que ele não teria coragem de fazer isso, ele é pai do meu filho.
Delegado: Esse tipo de pessoa não poupa a vida de ninguém.
Eric, Camila, Dionísia e o delegado vão embora, após sumirem, Célia vai em direção à boate.
Cena 13: Boate Sexy Body/ Sala de Ronald/ Interior/ Manhã.
Ronald fica surpreendido quando James entra com Célia em sua sala.
Célia-(estendendo a mão): Olá, eu me chamo Célia!
Ronald não estende a mão e olha fixamente para Célia.
Ronald-(desconfiado): Quem é você? O que você quer?
Célia: Eu vim falar algo que vai te interessar muito.
Ronald: Acho que você deve ter errado o lugar, não? Você não pode me dar nada de interessante, eu não te conheço.
Célia-(sentando na cadeira): Tenho certeza de que fugiram 3 meninas da sua boate. Diana, Maria Eduarda e Clara, não foi?
Ronald-(intrigado): O que você quer? Por que veio até aqui me falar sobre isso?
Célia: Olha, não fica assustado, eu era amiga da Dionísia, ela já me contou que trabalhava aqui e eu estou aqui por um motivo.
Ronald-(interessado): Por qual?
Célia: Me vingar dela por ter trago minha irmã para o tráfico e ter deixado ela morrer.
Ronald: Você sabe coisas demais, senhorita.
Célia: Mas eu posso ajudar demais também, não posso?
Ronald: Onde estão as 3?
Célia: Nesse exato momento, devem estar no aeroporto me esperando.
Ronald: Como você me garante que eu posso confiar em você?
Célia: Se você não confiar, vai se arrepender.
Ronald encara Célia.
Cena 14: Tarde. Caxias do Sul/ Mansão Chermont/ Sala/ Interior.
A empregada abre a porta e Benício entra, ele fica surpreso ao ver Jordânia e Jorge na sala, a menina está com alguns curativos.
Benício: Meu amor, o que aconteceu?
Jordânia e Benício se beijam.
Jordânia-(surpresa): O que aconteceu quem pergunta sou eu!
Benício: Minha inocência foi provada, mas eu quero saber de você, meu amor, o que aconteceu?
Jordânia: Eu fui atropelada, a Dalila fez isso.
Jorge olha fixamente para Benício, que fica sem graça.
Jorge-(sem graça): Eu vou deixar você à sós com minha filha, Benício!
Benício: Não precisa, seu Jorge, pode ficar.
Jorge: Acho que você não iria gostar da minha companhia.
Jordânia olha aquela conversa emocionada.
Benício: Acho que o senhor que não gostaria de ter a minha companhia.
Jorge: Olha, Benício, eu errei tanto com você, eu fazia tudo aquilo pra agradar uma pessoa que eu pensei que me amava, mas no final eu descobri que foi a pessoa que mais me traiu!
Isabel entra na casa surpreendendo a todos, ela tranca a porta e aponta uma arma para Benício.
Isabel-(debochando): Que comovente, espero não ter atrapalhado o momento. (Gargalha)
Cena 15: Aeroporto Internacional de Paramaribo-Zanderij/ Interior/ Tarde.
Célia chega no local, Diana e as meninas vão até ela.
Diana-(desesperada): Célia, o que aconteceu?
Célia: Me perdoem, o trânsito estava caótico, eu não consegui chegar à tempo. Vamos ter que transferir o nosso vôo para hoje de noite.
Diana: Adiar de novo? Ai, senhor.
Célia: Olha, me perdoa, não foi culpa minha.
Diana: Vamos pra onde agora?
Célia: Vamos ali no táxi pegar as minhas malas e depois voltamos.
Célia, Maria Eduarda, Clara e Diana vão para fora, Célia leva as meninas em um lugar de pouquíssimo movimento, Ronald surpreende as meninas apontando uma arma.
Ronald: Olá, garotinhas.
Diana-(inconformada): Célia? Você preparou uma armadilha pra gente.
Célia olha para Diana com sarcasmo.
Célia-(sorrindo): Sério que você achou que eu ia te ajudar?
Ronald: Vou ensinar vocês como não fugir de mim.
Diana-(aterrorizada): O que você vai fazer com a gente?
Ronald: Sabe, eu tenho uma casa bem velha no interior, não custa nada queimar ela com vocês dentro.
Célia-(chocada): Você disse que iria poupar a vida delas.
Ronald-(gargalha): E você acreditou.
Ronald retira uma silenciadora da cintura e atinge o peito de Célia, que vai no chão. Maria Eduarda e Clara choram.
Ronald-(apontando a arma): Coloca as algemas nas duas e depois eu vou colocar em você, Diana.
Ronald joga duas algemas e Diana algema as meninas. Ronald algema Diana e faz elas entrarem no carro. Ronald assenta-se no banco para dirigir o veiculo que tem um separador de aço entre os bancos da frente e os de trás.
Ronald: Nem tentem fugir pela porta de trás, eu tenho travas nelas.
Ronald sorri maleficamente e dá a partida.
Cena 16: Anoitece. Boate Sexy Body/ Salão/ Interior.
Helena está na boate e observa alguns homens entrando e andam sorrateiramente atrás dos empregados da boate, ela percebe que são os policiais, que estão vestidos com roupas normais. Helena fica chocada ao ver Eric entrando com mais dois homens.
Helena-(pensando/preocupada): Ai, meu Deus, não deixa nada acontecer com o Eric.
Helena olha fixamente para Eric. Na porta entra o ultimo cara, que vai pra trás de um empregado do bordel.
Helena-(pensando): É agora.
Todos os agentes policiais se olham e olham para Helena, dando um sinal. Os policiais pegam os bandidos pelo pescoço e colocam a arma na cabeça deles. James de sua sala, ouve um burburinho e olha pela câmera de sua sala.
Cena 15: Boate Sexy Body/ Sala de James/ Interior/ Noite.
James olha para a tela do computador, desacreditado.
James-(desesperado): Eu não acredito nisso.
James pega o telefone e liga para Ronald, que atende.
Ronald: O que foi?
James: A polícia invadiu a boate.
Ronald-(perplexo): O quê?
James: Sim, estão todos fugindo.
Ronald: Dê um jeito de passar o telefone para a polícia.
James: Eu vou é fugir.
James deixa o telefone na mesa e foge por uma passagem secreta em sua sala, depois de algum tempo, Helena chega na sala do homem e vê o telefone fora do gancho, ela pega o aparelho e coloca no ouvido. Helena ouve Ronald chamando James.
Helena: Olá, Ronald, o James já ligou pra te contar?
Ronald: Não, mas acho que você é quem não sabe quem está aqui comigo.
Helena ouve um grito de Maria Eduarda do outro lado da linha.
Ronald: Vai querer medir forças?
Helena fica paralisada com a situação.

Continua...

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