Buquê de Lágrimas- Capítulo 9.


Capítulo 9:
Cena 1: Hospital/ Quarto de Benício/ Interior/ Manhã.
Jorge chega no local e surpreende Benício, que estava arrumando suas malas.
Benício: Jorge?
Jorge encara o rapaz, seriamente.
Jorge- frio: Você acha que esse seu namorinho com minha filha vai até quando?
Benício: Nós não estamos namorando, na verdade, nós nunca tivemos nada, mas eu não vou negar que eu gosto da sua filha, senão eu estaria mentindo.
Jorge pega Benício pela gola.
Jorge: Tome muito cuidado, garoto, você não me conhece. Eu não criei a minha filha para casar com um pretinho.
Benício- assustado/ soltando-se: Mas o senhor está sendo preconceituoso!
Jorge- ameaçando: Que seja, seu maldito! O que eu não quero, é que você se aproveite da minha filha. Você teve coragem de tirar ela do Olavo para fazer hora com a cara dela, é isso que esses asfaltos fazem.
Benício: O senhor sabia que eu posso te processar? Afinal de contas o senhor é um negro e está agindo de forma racista com alguém da sua cor, o que é pior ainda.
Jorge- debochando: Filhinho, não lhe convém fazer isso, porque a Jordânia confia em mim completamente e jamais iria dar ouvidos à você, que é um qualquer, e outro, você não têm provas de que eu estava falando isso com você!
Benício: Eu só quero que o senhor me deixe em paz e vá embora!
Jorge- intimidando: Eu já dei o meu aviso, eu só espero que você seja esperto e tome cuidado até com a sua sombra!
Jorge escancara um sorriso maquiavélico e vai embora. Benício observa o homem com repulsa.
Cena 2: Paramaribo- Suriname/ Boate Sexy Body/ Alojamento de traficados/ Interior/ Manhã.
Maria Eduarda e Clara são jogadas no local e todos olham-nas assustados. As meninas estão com marcas de agressões visíveis.
Ronald: Espero que as duas tenham aprendido a lição.
Clara- furiosa: Nojento, maldito!
Ronald- ignorando/ falando com todos: Espero que sirva de exemplo para todos que queiram bancar uma de esperto ou esperta! Não vamos admitir mais vocês tentando se fazerem de vitimas.
Maria Eduarda- enfrentando: Mas nós somos vitimas, nós não fizemos nada para estar aqui!
Ronald: Você está evoluindo muito rápido, Dudinha, creio que isso será ótimo para o seu primeiro programa, uma pena ter sido adiado para que não te vejam dessa forma.
Clara: Vocês são pessoas dignas de pena, não amam nem à vocês mesmos.
Ronald: Não tem ninguém aqui querendo amor, queridinha, o que nos importa é a dívida de vocês!
Clara: Que dívida? Vocês falam tanto disso como se todos que estão aqui, tivesse procurado vocês, enquanto foram vocês que nos procuraram.
Ronald: Você não tem medo de morrer, garotinha?
Clara: Isso é o de menos, eu sei que vocês precisam de mim!
Ronald: Olha, saiba que o que não nos falta, é garotinhas melhores do que vocês.
Clara: Eu não quero saber de nada, a única coisa que me interessa é ir embora desse maldito lugar.
Maria Eduarda: Eu espero que você se arrependa de tudo o que você está fazendo, porque a minha mãe vai vir me buscar e vocês todos vão para a cadeia.
Ronald gargalha e vai até Maria Eduarda.
Ronald: Saiba que se a sua mãe aparecer por aqui, a única coisa que vai restar para ela, é a morte!
Ronald vira as costas e vai embora.
Maria Eduarda- marejando/ pensando: Um dia eu te mato, Ronald.
Clara e Maria Eduarda se abraçam, chorando.
Clara- esperançosa: Nós vamos conseguir, vamos embora desse lugar.
Cena 3: Casa de Célia/ Quarto de Célia/ Interior/ Manhã.
Célia vai até seu guarda roupas e pega uma caixa de fotos, ela olha fixamente para foto de sua irmã e Dafne (Dionísia).
Célia- furiosa: Desgraçada! É você mesma, só agora que eu pude me dar conta!
Na mente de Célia vem lembranças do enterro simbólico da sua irmã, ela e seus pais choram sobre o caixão.
Célia- diabólica: A nossa amizade não vai superar o desejo de vingança que tenho por você, Dionísia. Há muito tempo eu esperava por esse momento, agora que eu te encontrei, eu não posso te perder!
Cena 4: Casa de Célia/ Cozinha/ Interior/ Manhã.
Diana está mexendo no celular, enquanto Marília prepara ovos mexidos com bacon para elas fazerem a refeição da manhã.
Marília: Eu ainda acho que você deve ir na casa da sua mãe e dar uma satisfação pra sua mãe.
Diana: Eu não vou, e sabe por quê? Eu tenho uma proposta de emprego pendente, só faltam me confirmar, ontem quando eu vim pra cá, eu mandei uma mensagem pedindo para a moça apressar essa proposta, ela me disse que hoje pela manhã pode me dar a resposta.
Marília: E que proposta é essa? É pra fora do Brasil?
Diana: Sim, eu vou trabalhar em minas de ouro.
Marília: Minas de ouro? –Sorrindo- Vai virar garimpeira agora?
Diana: Não, eu só vou preparar comida para os homens da mina, sabia que eu vou ganhar no mínimo 4 mil por mês?
Marília- surpresa: Sério? E onde é isso?
Diana: No Suriname!



Cena 5: Apartamento de Jordânia/ Quarto/ Interior/ Tarde.
Jordânia está deitada na cama do seu novo apartamento e recebe uma ligação de Benício.
Jordânia: Alô, Benício?
Benício: Abre a porta do seu apartamento.
Jordânia sorri e joga o celular na cama, ela vai até a porta e abre, ela surpreende-se com o buquê de flores e o ursinho de pelúcia que Benício presenteia ela.
Jordânia: Mas que lindo, Benício, não precisava!
Benício: É o mínimo que eu poderia te dar por ter passado esses dias ao meu lado no hospital.
Benício segura nas mãos de Jordânia e olha no fundo dos olhos da garota.
Benício: Eu nunca vou esquecer o que você fez por mim, nunca!
Os dois se olham fixamente, apaixonados e um clima de romance fica no ar. Benício e Jordânia aproximam os seus lábios um do outro e ela resolve parar.
Jordânia: Não, Benício, por favor, eu não estou bem.
Benício- preocupado: Mas o que aconteceu?
Jordânia: Como você sabe, eu saí de casa, e como sempre, a minha mãe me humilhou com a melhor performance dela.
Benício: O pior é que não aconteceu isso só com você.
Jordânia- intrigada: Do que você está falando?
Benício: Seu pai foi no hospital e me ameaçou, me humilhou e cometeu racismo comigo, me chamou de pretinho e asfalto, você acredita?
Jordânia- chocada: Meu pai? Não, isso não pode ser!
Benício: Mas é verdade, Jordânia, e ele ainda me disse que você agiria da forma que você está agindo agora.
Jordânia- horrorizada: Eu não duvido de você, o problema é que parecia que eu nunca conheci meu pai de verdade, se ele esteve envolvido na tentativa de assassinato contra você, claro que ele faria isso.
Benício: Seu pai foi longe demais, Jordânia, você me perdoa, mas eu ameacei processar ele.
Jordânia- decidida: Eu vou ter uma conversa definitiva com meu pai!
Jordânia sai, deixando Benício preocupado.
Cena 6: Mansão Chermont/ Quarto de Isabel e Jorge/ Interior/ Tarde.
Isabel está passando batom em frente ao espelho e surpreende-se ao ver Olavo.
Isabel: Quantas vezes já te disse para não fazer isso? É muito arriscado!
Olavo: Pouco me importa, agora a sua filhinha mimada já foi embora de casa, o seu marido não está no momento e aquelas empregadas medíocres nem ousam entrar no quarto sem bater.
Isabel: Não podemos ficar perdendo tempo com besteiras, temos que arquitetar um plano para acabar com aquele Benício.
Olavo: Você viu que eu fiz de tudo para ficar com sua filha, fui um ótimo ator.
Isabel: Pena que ela não quis provar do mesmo que a sua mamãe prova.
Olavo vai até Isabel e começa a beijar o ombro da mulher, subindo até o pescoço.
Isabel: Ainda bem que fiquei com você só para mim, imagina se eu tivesse que te dividir com a minha filha pra vida toda?
Olavo e Isabel sorriem, o homem pega Isabel no colo e a joga na cama. Os dois se beijam fogosamente.
Cena 7: Paramaribo- Suriname/ Boate Sexy Body/ Escritório de James/ Interior/ Tarde.
Ronald chega e senta-se.
Ronald: O que você tinha pra me falar que é tão importante assim?
James: Você acredita que eu fui comunicado de que estão desconfiando de alguma coisa em nossa boate?
Ronald: Mas também, né? O que você espera? O mole que vocês ficam dando, até eu que não sou policial, desconfiaria.
James: O problema não é isso, acho que alguém está dando com a língua nos dentes, porque nós só usamos as crianças com clientes fiéis e velho.
Ronald: Será que não foi aquele homem que as meninas pediram ajuda?
James: Não, impossível, pelos indícios, parece ser pessoas que trabalham com a gente.
Ronald levanta-se furioso.
Ronald: Vamos reunir todos e ver quem está nos entregando.
James e Ronald saem do local.
Cena 8: Boate Sexy Body/ Quarto/ Interior/ Tarde.
Maria Eduarda limpa o ambiente e fica surpresa ao ver que embaixo da cama tem um buraco bem pequeno que cabe a sua mão, ela chama Clara e as duas vão até o quarto.
Clara- surpresa: Temos que tomar muito cuidado com isso, não podemos deixar que ninguém descubra esse lugar.
Maria Eduarda: Mas temos que ajudar as outras pessoas também.
Clara: Para não morrerem, eles são capazes de tudo. Você não viu como todos se calam como covardes?
Maria Eduarda: Verdade, mas como nós vamos quebrar aqui? Não temos nada que possa quebrar a parede, e faria muito barulho.
Clara: Sim, mas nós devemos arriscar, não podemos ficar aqui a vida toda.
Maria Eduarda: A minha mãe vai nos tirar daqui!
Clara: Maria, eu não posso ficar a vida toda esperando sua mãe, me perdoa a sinceridade, mas talvez a sua mãe nem chegue aqui!
Maria Eduarda- com medo: Não fala isso...
Clara: Uma coisa que o Ronald falou e não mentiu, é que talvez a sua mãe não chegue viva.
Cena 9: Casa de Célia/ Sala/ Interior/ Tarde.
Diana e Marília estão sentadas no sofá, as duas estão mexendo no celular.
Diana- feliz: Eu não acredito! Eles me aceitaram para trabalhar nas minas.
As duas se olham, gritam de felicidade e batem as mãos uma na outra.
Marília: Ai, amiga, que legal. Fico muito feliz por você, de verdade.
Célia vai até a sala.
Célia- preocupada: Mas o que são esses gritos?
Diana: Célia, antes de te responder, eu posso te perguntar uma coisa?
Célia: Sim, o que você quer perguntar?
Diana: Você foi na casa da minha mãe hoje?
Célia: Sim, eu só fui avisar que você está aqui em casa e falei para ela não se preocupar.
Diana: Entendi! Eu sei que você é amiga da minha mãe, mas não fala pra ela o que vou te contar.
Célia: Não, eu não falo, pode confiar.
Diana: Eu recebi uma proposta de emprego pelo whatsapp para trabalhar nas minas de ouro, mas o problema é que é lá no Suriname.
Flashback:
Na casa de Dionísia:
Dionísia: Como eu havia perdido as esperanças, eu decidi ser fiel à eles por vários anos, até que eles decidiram confiar em mim e me obrigaram à vir para o Brasil, para a Inglaterra, para a Espanha e vários países, eu iludia garotas, eu falava que elas iriam ganhar de 3 à 5 mil em garimpo no Suriname, elas iam, eu aproveitava oportunidade para causar desgraça com meninas que viviam revoltadas com seus pais e as chamavam pra fugirem.
Na rua:
Célia anda pelas ruas chorando e acaba se desequilibrando e caindo no chão.
Célia- pensando/ voz ecoada: A pessoa que eu considerava a minha melhor amiga, foi a responsável pela morte da minha irmã!
Fim do flashback.
Diana: O que você acha, Célia?
Célia- maléfica: Eu acho uma idéia excelente, querida, não perca essa oportunidade da sua vida!
Diana sorri e Célia encara-a com um olhar diabólico bem disfarçado.
Cena 10: Paramaribo- Suriname/ Boate Sexy Body/ Salão/ Interior/ Tarde.
Todos os empregados da boate estão no ambiente. Ronald e James observam cada um, em silêncio.
Ronald: Eu vou falar uma vez só. Nós recebemos uma ligação de um amigo dizendo que alguém deu com a língua nos dentes lá na polícia, e pelo que parece, são pessoas que nós confiamos.
James: Nós ficamos totalmente horrorizados ao saber que nós podemos confiar mais nas pessoas que foram traficadas do que em nossos próprios empregados.
Ronald: Isso é verdade, e você que sabe quem foi essa pessoa quem nos entregou, ficar calado e a gente descobrir, você sofrerá as conseqüências juntamente desse maldito traidor.
James: Agora a pergunta é: alguém aqui, tem alguma coisa à dizer?
Todos ficam calados, alguns com medo.
Ronald: Mais uma chance: Alguém aqui, tem alguma coisa para nos contar?
Todos permanecem calados novamente.
Ronald: Espero que quem fez essa denuncia, não seja descoberto, porque vai pagar muito caro.
Ronald e James viram as costas, mas eles são surpreendidos quando alguém se manifesta.
Ronald: Você tem algo à nos confessar?
Mulher: Eu sei quem fez a denuncia.
Ronald: Pois diga logo!
Um homem sai correndo com medo, ele se desespera ao tentar sair e ver que as portas estão trancadas. James segura o homem e Ronald se aproxima.
Ronald- frio: Achava que ia esconder isso até quando?
O homem fica calado e começa a chorar.
James- grita: Covarde, traidor!
James dá uma joelhada nas costas do homem, que grita de dor. Ronald tira a sua arma.
Ronald: Você não merece outra chance.
Ronald aponta a arma e dá um tiro no peito do homem, que morre.
James: O que eu faço com esse corpo?
Ronald: Faça o que você quiser, mas suma sem arrumar mais problemas.
Ronald sai do salão, deixando todos aterrorizados.
Cena 11: Chermont Advogados/ Escritório de Jorge/ Interior/ Tarde.
Jorge conversa no telefone.
Jorge: Aquele bando de neguinhos que estava na rua com corrente no pescoço, são todos bandidos, eu tenho certeza!
Jorge sorri.
Jorge: Claro que não, aquele homem branco não estava fazendo absolutamente nada, vê se brancos fazem esse tipo de coisa.
Jordânia vai entrar, mas ela decide ficar atrás da porta ouvindo.
Jorge: Manda bater em todos aqueles malditos tições, eles merecem uma surra, pode colocar na minha conta, gente assim tem que apanhar mesmo.
Jordânia entra e surpreende seu pai.
Jordânia: Então quer dizer que todas as pessoas negras são marginais?
Jorge desliga o telefone.
Jorge: O que você está fazendo aqui? Por que não avisou antes de entrar?
Jordânia: Pra que avisar? Eu sou sua filha. Mas também, né? Que pergunta boba, é óbvio que você não queria que eu escutasse sua conversinha racista e que eu descobrisse que você é uma ameaça para a sociedade.
Jorge: Acho que você é a pessoa menos indicada para falar sobre ser uma ameaça à sociedade, inclusive, que atitude mais baixa a sua!
Jordânia- ignorando: Sabe, papai, você diz que pessoas negras são traficantes, ladrões, que são tudo de ruim. Agora vai a minha pergunta: o que o senhor e a mamãe são? Inocentes?
Jorge- furioso: Vai embora, Jordânia, sai do meu escritório!
Jordânia: Antes que eu vá, eu só quero te falar uma coisa, papai: eu espero que você guarde suas ameaças e não faça nada com o Benício, porque eu seria capaz de entregar o senhor e a mamãe para a polícia. Eu não vou aturar o comportamento racial e agressivo de vocês. Saiba também que se o Benício te processar, eu serei a primeira pessoa a me candidatar para ser testemunha em favor dele.
Jorge- impetuoso: Traidora, ainda bem que uma cobra saiu de dentro da minha casa.
Jordânia- enfrentando: Deixa de ser hipócrita, você é um cretino, uma pessoa que vive de aparências, um imoral, você não merece o respeito de ninguém, é uma das pessoas mais sujas que já conheci na minha vida, eu só espero que você tenha pena de si mesmo, papai, porque se continuar desse jeito, o seu futuro será muito desagradável.
Jorge: E quem é você para me dizer isso? Uma mimada, uma sem vergonha e uma mulherzinha bem baixa, uma vagabunda.
Jordânia não se controla e dá uma bofetada no seu pai. Jorge fica muito irado e aponta para a porta.
Jorge: Sai daqui agora. Se desconsidere minha filha!
Os olhos de Jordânia marejam e ela vai embora.
Cena 12: Anoitece. Aeroporto Internacional de Paramaribo-Zanderij- Suriname/ Interior.
Helena, Camila e Eric estão andando e tentam achar a saída.
Helena: Ai, que viagem mais demorada e cansativa!
Camila: Calma, amiga, nós já chegamos, agora nós vamos para o hotel, descansar e amanhã começamos as buscas.
Helena- decidida: Mas nem pensar, eu passo todas as minhas noites sem dormir, mas eu vou encontrar onde a minha filha está!
Eric: Helena, nós entendemos a sua dor, sabemos que não é fácil, mas você tem que cuidar de você mesma.
Helena: Escutem aqui, eu posso morrer hoje, mas a minha filha eu vou achar, eu não sei que dia, nem que horas, mas eu vou encontrar.
Camila- farta: Para com isso, Helena, você veio pra cá para salvar a sua filha, não para morrer, coloca a cabeça no lugar, se você dar uma falha, o Ronald acaba com todos nós em dois tempos e vai acontecer o que você não quer que aconteça, a sua filha vai ficar a vida toda naquele lugar que ele escraviza pessoas.
Eric: A Camila tem razão, Helena.
Helena- angustiada: Isso é verdade, não adianta nada uma viagem dessas e fazer uma cagada, eu quero estar mais viva do que nunca para aproveitar a minha filha.
Eric, Helena e Camila saem do aeroporto e Helena olha para a cidade.
Helena- pensando/ voz ecoada: Eu estou chegando, filha.
Cena 13: Apartamento de Jordânia/ Sala/ Interior/ Noite.
Benício fica assustado ao ver a porta do apartamento de Jordânia aberta, ele procura a menina por toda a casa, mas ao ver que ela não está, ele volta para a sala e vê uma carta juntamente do telefone. Benício abre e lê.
Carta: Benício, quando você encontrar essa carta, já vai ser tarde demais, mas eu gostaria de te agradecer por tudo que você já fez por mim, por todos os momentos que passamos, eu não quis te fazer esse agradecimento pessoalmente porque saberia que você iria tentar me impedir de tomar a decisão que acabo de tomar. Sabe, a minha vida está um inferno, eu não aguento mais, é por isso que eu decidi me matar, amanhã ou talvez hoje você verá nos jornais a notícia de que uma mulher pulou do alto de um edifício, mas o importante é que eu não vou te trazer mais problema. Assim é melhor para todos. Amo você, Jordânia.
Benício termina de ler a carta com os olhos inundados de lágrimas.

Continua...

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