Buquê de Lágrimas- Capítulo 4.


Capítulo 4:
Cena 1- Rua/ Beco/ Noite.
Garoto de programa- gritando: Socorro, alguém me ajuda!
Os homens conseguem pegar o garoto de programa e o levam para um beco.
Homem 1: Você brincou demais com a sua sorte.
Homem 2: Agora você vai ter o que merece!
O garoto de programa fica aterrorizado quando os homens abaixam as calças.
Garoto de programa- apavorado: Não, isso não, pelo amor de Deus!
Os dois homens permanecem calados e pegam o garoto de programa, concretizando naquele beco deserto um ato de estupro, enquanto a vítima chora. Após isso, eles jogam o garoto de programa no chão com muita violência.
Garoto de programa- implorando: Vocês já me humilharam, por favor, não me mate!
Os homens riem diabolicamente e apontam a arma para ele e, com muita frieza, atiram no crânio dele.
Cena 2- Mansão Chermont/ Sala/ Interior/ Noite.
Olavo fica apavorado e sai de cima de Benício.
Jordânia- desesperada: Isso tudo é culpa sua, mamãe!
Isabel- inconformada: Minha? Mas eu não fiz nada, eu não mandei ele mexer com mulher dos outros.
Jordânia ignora sua mãe e liga para a ambulância.
Olavo- atemorizado: Você não vai me denunciar não, né Jordânia?
Jordânia: Você pode ter certeza que se o Benício morrer, você vai direto pra cadeia. –Olhando para sua mãe- E você também, sua contendera.
Jorge chega e fica horrorizado com o que vê.
Jorge: Ele morreu?
Jordânia: Parece que não, papai, mas se ele morrer, saiba que a minha mãe e o Olavo vão pra cadeia.
Olavo e Isabel se olham tensos e depois de alguns minutos a ambulância chega. Os paramédicos colocam Benício na maca e o leva. Jordânia entra na ambulância.
Cena 3- Casa de Dionísia/ Quarto de Diana/ Interior/ Noite.
Dionísia não consegue falar diante do que vê, ela consegue apenas expressar indignação e senta-se na cama.
Dionísia- trêmula: Meu Deus, essa não pode ser a minha filha, eu não criei ela assim.
Diana chega e Dionísia olha-a com desprezo.
Diana- confusa: O que foi, mãe? Que jeito é esse de olhar pra mim?
Dionísia dá uma bofetada no rosto da filha, que fica sem entender.
Dionísia: Vagabunda! Como você tem coragem de fazer isso comigo?
Diana: Isso o que, mãe?
Dionísia: Eu confiei em você, te dou essa merda de telefone e é pra isso que usa? Pra mandar foto pelada pros homens?
Diana- atemorizada: Calma, eu posso explicar, mãe.
Dionísia- furiosa: Você não pode explicar nada. Talvez o meu único erro é não ter feito o que você merece.
Dionísia pega seu chinelo.
Diana- com medo: Mãe, o que a senhora vai fazer?
Dionísia tranca a porta do quarto de Diana e dá uma surra de chinelo na menina, deixando ela toda vermelha.
Diana- chorando: Eu te odeio!
Dionísia pega o celular na cama.
Dionísia: Quero ver se outro homem vai ver foto sua despida.
Dionísia sai do quarto, deixando sua filha furiosa.
Diana: Eu vou fugir dessa casa.
Cena 4- Paramaribo- Suriname/ Boate Sexy Body/  Interior/ Noite.
James fica intrigado ao ver seus dois comparsas entrando sozinhos na boate, Clara observa. Os dois homens acompanham James até um quarto.
James- preocupado: O que aconteceu?
Homem 1: Ele tentou fugir e seguimos todas as suas instruções.
James: Inferno! O que nós menos precisamos é de pessoas mortas. –Desesperado- Onde está o corpo dele?
Os dois homens se entreolham.
Homem 2: Deixamos na rua.
James- furioso: Porra! Vocês dois são burros ou o quê? –Apontando uma arma- Eu deveria matar vocês dois aqui mesmo. Eu vou avisar só uma coisa pra vocês: se os policiais vierem atrás de vocês e se abrirem o bico, vocês morrem.
Clara estava ouvindo tudo atrás da porta e vai para o quarto das pessoas traficadas.
Clara: Mataram um homem que tentou fugir.
Quem está lá fica aterrorizado(a).



Cena 5- Hospital/ Quarto de Benício/ Interior/ Noite.
Jordânia está sentada ao lado de Benício, que permanece desacordado.
Jordânia: Ainda bem que foi só um susto. Pensei que você tinha morrido.
O médico entra.
Doutor: Não se preocupe, ele vai ficar bem, já, já ele acorda. Eu tirei os resultados dos exames e ele está bem, por sorte não quebrou o maxilar.
Jordânia: Nem me fale, doutor, foi uma briga feia. Espero que ele acorde logo.
Doutor: Bom, eu tenho que ir, tem um paciente que está precisando de mim.
O médico sai do quarto.
Jordânia- preocupada: Ai, Benício, coitado de você, pensei que iria te perder.
Benício abre os olhos com muita dificuldade e Jordânia fica animada.
Jordânia: Benício?
Benício- com dificuldade: Jordânia? Onde eu estou?
Jordânia: No hospital, mas se acalma, já está tudo bem!
Benício: Não acredito que o Olavo conseguiu me desmaiar.
Jordânia: Não vamos falar sobre isso, o importante é que você está bem.
Benício: Muito obrigado por estar aqui comigo.
Benício segura nas mãos de Jordânia, que sente uma sensação boa em seu interior.
Jordânia: De nada, Benício, só quero o seu bem, assim como você quer o meu.
Benício: Jordânia, por que a sua mãe disse que nós estávamos juntos? Você falou alguma coisa pra ela?
Jordânia: Não, a minha mãe é louca.
Benício: Se a loucura dela fosse verdade, eu ia gostar.
Jordânia fica sem graça e sorri para Benício.
Cena 6- Amanhece/ Mansão Lambertini/ Quarto de Maria Eduarda/ Interior.
Helena tenta entrar no quarto da filha, mas ela assusta-se ao ver que a porta está trancada.
Helena- preocupada: Maria?
Helena insiste e percebe que não tem ninguém no quarto. A mulher pega a chave reserva e entra no quarto, ela fica chocada ao ver que sua filha não está em casa.
Helena- gritando: Ronald?
Helena fica sem resposta, mas ela decide procurar no quarto da filha. Ao vasculhar o cômodo, a mulher olha pra janela, que está aberta.
Helena: Ela fugiu! Mas pra onde?
Helena continua gritando por Ronald, mas ela não obtém resposta. Helena vai até a sala e, ao ver que está vazia, ela chama as empregadas.
Helena- desesperada: Vocês viram a minha filha?
Empregada 1: Não, senhora.
Empregada 2: Desde que eu cheguei eu não a vi saindo do quarto.
Helena- olhando para o motorista: E você? Viu ela?
Motorista: Bom, eu vi o Ronald entrando com ela no carro, ela parecia não querer sair, mas ele a jogou dentro do veículo e disse que se eu tentasse impedir, ele iria me demitir.
Helena- pasma: O quê? Quer dizer, ele não disse pra onde ia?
Motorista: Não, e ele estava colocando umas malas no carro também.
Helena- extasiada: O quê?
Helena lembra-se de momentos em que Ronald foi desmascarado e não deu crédito.
Helena- gritando/chorando: Nãaaaaaaaaaaaaaaaaaaaao!
Cena 7- Praça/ Exterior/ Manhã.
Marília e Diana estão sentadas no banco.
Diana: Que saco, agora não tem nada pra fazer, minha mãe tomou o meu celular.
Marília: Também, né Diana? Fica mandando foto nua pros outros, nunca vi isso, sorte sua que o seu namorado é gente boa.
Diana: Tô pouco me lixando pra isso, o que me importa mesmo é um serviço que eu estava tentando arrumar pelo whatsapp.
Marília: Sei não, Diana, eu tô com medo desses serviços.
Diana: Deixa de ser ridícula, Marília, isso funciona mesmo, você não tá vendo aquele monte de gente que manda foto lá no trabalho? É super confiável!
Marília: Eu vou pensar muito antes de ir trabalhar em outro estado, largar a minha mãe é uma coisa muito séria.
Diana: Eu tô pouco me lixando pra minha, nossa, Marília, a minha mãe está tão chata.
Marília: Diana –Apontando para a casa de Diana- Olha aquele homem estranho batendo na porta da sua casa.
Diana olha e fica curiosa.
Cena 8- Casa de Dionísia/ Sala/ Interior/ Manhã.
Dionísia fica chocada ao abrir a porta e ver Ronald.
Ronald: Olá, Dionísia, está lembrada de mim?
Dionísia- amedrontada: O que você está fazendo aqui, seu patife?
Ronald: Calma, eu só passei aqui pra te pedir um favor.
Dionísia: Eu e você não temos nada pra falar há anos, seu ordinário.
Ronald: Calma, por que você está tão afobada?
Dionísia: Eu só quero que você me deixe em paz, eu jamais imaginaria que você iria voltar na minha casa depois de tudo o que me fez passar.
Ronald: Quem está aí? Me lembro que você estava grávida!
Dionísia: Diz logo o que você quer e vai embora!
Ronald: Eu quero o telefone da minha mãe, e não adianta falar que não tem, porque eu sei que você tem sim.
Dionísia- receosa: Ronald, eu não quero falar sobre isso.
Ronald: Você não tem esse direito!
Diana e Marília entram e surpreendem Dionísia e Ronald.
Diana: Mãe, quem é esse homem?
Dionísia: Ninguém, filha.
Ronald- diabólico: Mãe? Então quer dizer que essa é a sua filha, Dionísia? Vou ter o prazer em contar o que você já fez pra ela.
Dionísia fica paralisada com a ameaça de Ronald.
Cena 9- Mansão Lambertini/ Quarto de Helena/ Interior/ Manhã.
Helena está deitada em sua cama e chora inconsolavelmente.
Helena- gritando: Filhaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!
Helena é surpreendida quando ouve o telefone de Ronald tocando, ela abre a gaveta do criado mudo, pega o telefone e atende.
James: Alô, Ronald?
Helena apenas faz um som de “hunrum”.
James: Cara, ontem um garoto de programa fugiu e os caras tiveram que matar ele, você acredita que eles deixaram o corpo dele na rua? Estou com medo da polícia descobrir o nosso bordel.
Helena fica horrorizada com o que ouve.
Helena: Desgraçado! Pra onde esse maldito do Ronald levou a minha filha?
James desliga a ligação.
Helena- chocada: Meu Deus, o Ronald é líder de uma quadrilha de trafico de pessoas.
Helena mexe no celular de Ronald e encontra o contato de Camila.
Helena: Essa daqui é aquela mulher que veio aqui em casa.
Helena liga e Camila atende.
Helena: Camila? Aqui é a Helena, aquela mulher você veio na casa dela e do Ronald.
Camila- ignorante: O que você quer?
Helena- implorando: Por favor, me ajuda, o Ronald sequestrou minha filha, eu preciso de você!
Helena fica aflita esperando Camila dizer alguma coisa.

Continua...

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