Buquê de Lágrimas- Capítulo 3.


Capítulo 3:
Cena 1- Centro de Caxias do Sul/ Rua/ Manhã.
Dionísia está andando pela calçada, vendo algumas vitrines de lojas. Diana está mexendo no celular. As duas entram e Dionísia conversa com a vendedora. Uma mulher entra na loja e reconhece Dionísia, que assusta ao se virar e ver a mulher.
Mulher: Desgraçada, está gastando aquele maldito dinheiro que você ganhava às custas das pessoas?
Diana fica intrigada, enquanto Dionísia olha com medo para a mulher, pois sabe quem é ela.
Diana- intrigada: Quem é essa mulher, mãe?
Mulher- olhando para Diana: Eu sou a Cleonice, e quem é você? A filha dessa mulher maldita?
Diana- brava: Quem você pensa que é pra falar assim da minha mãe?
Dionísia- amedrontada: Filha, vamos embora dessa loja.
Cleonice- segurando o braço de Dionísia: Você não vai contar pra sua filha o que você já fez comigo e outras meninas? Sua cachorra!
Diana- gritando: Olha aqui, sua ordinária, eu não vou permitir que você fale assim com minha mãe.
Dionísia tenta sair da loja, mas é surpreendida quando Cleonice puxa seus cabelos. Diana vai pra cima da mulher, tentando fazer com que ela solte o cabelo de sua mãe, mas não consegue. Os seguranças da loja apaziguam a briga, enquanto Cleonice tenta se soltar.
Diana- furiosa: Vagabunda! Eu te mato.
Dionísia puxa Diana pelo braço e vai embora.
Cena 2- Mansão Lambertini/ Sala/ Interior/ Manhã.
Helena- chocada: Ronald, o que significa isso?
Ronald- desesperado: Isso não é o que você está pensando, meu amor.
Camila- horrorizada: Meu amor? Mas o que é isso, Ronald? Você sempre dizia que me amava, que nunca tinha me traído, você sabe que eu sempre desconfiei dessas suas viagens, mas você me assegurava de que não fazia nada.
Helena- confusa: Quem é essa mulher? Eu não estou entendendo nada!
Ronald: Ela é a minha ex-mulher, eu não tenho mais nada com ela, nós já terminamos faz tempo, mas ela é uma obsessiva, quer acabar com o nosso casamento.
Camila- surpresa: Casamento? Mas você é casado comigo, Ronald!
Ronald: Para de mentir, não tente colocar minha mulher contra mim. Eu já te falei que tudo acabou, vai embora!
Camila: Eu vou sim, mas me diga uma coisa: onde mais você tem uma mulher? Não me diga que é no Suriname!
Quando Camila fala sobre o Suriname, aquilo vem como uma facada no peito de Ronald, que ficara desesperado por saber que sua mulher tomou conhecimento da conversa que teve com James.
Helena- farta: Chega! Vai embora da minha casa, senão eu chamo a polícia e te denuncio por invasão domiciliar!
Camila: Tudo bem, eu vou, mas saiba de uma coisa, queridinha, o Ronald não é quem você pensa, tome muito cuidado!
Camila vai embora e Helena vai até Ronald.
Helena- intimidando: Quero que me explique tudo agora!
Ronald: Eu já te expliquei, ou você quer que eu durma num hotel novamente?
Ronald vai até o jardim rumo ao seu carro, mas Helena corre atrás do homem, desesperada.
Helena: Por favor, não vai. Eu acredito em você, meu amor.
Helena segura o rosto do homem, dando um beijo intenso e apaixonado nele.
Ronald: Me faça um favor. Nunca mais desconfie de mim, amor, eu te amo tanto.
Maria Eduarda observa da janela de seu quarto. Ronald olha para cima e a menina fecha a cortina.
Cena 3- Mansão Accorsi/ Sala/ Interior/ Tarde.
Olavo desce as escadas e cumprimenta Isabel que estava conversando com sua mãe, Dalila.
Olavo: O que traz a senhora aqui, dona Isabel?
Isabel: Filho, o que temos pra conversar é muito sério!
Olavo- preocupado: Eu sei que o que eu fiz foi errado, mas eu me arrependi, eu pedi desculpas a Jordânia, mas ela não quer falar comigo.
Isabel: Eu sei disso e te entendo perfeitamente, é por isso que estou aqui.
Dalila: Vamos nos sentar, creio que essa conversa será longa.
Eles sentam-se no sofá.
Isabel: Então, a minha filha está muito magoada com você sim, Olavo, mas você  acredita que eu estou achando que isso é um pretexto pra ela ficar com outro?
Dalila- surpresa: O quê? Eu não admito isso!
Isabel: Eu também não, como já disse, é por isso que estou aqui, creio que vamos pensar em tudo o que devemos fazer.
Olavo: Não estou te entendendo, seja mais clara.
Isabel: O que eu quero dizer, é que ontem a noite, eu estava ouvindo uma conversa da Jordânia com um amigo seus, ele se chama Benício, sabe quem é?
Olavo: Sim, o que tem ele?
Isabel: Você acredita que a minha filha e ele estão se gostando? Creio que ele seduziu ela e agora quer furar os seus olhos. Ela parecia muito apaixonada por ele.
Olavo- levantando/furioso: O quê? Eu não acredito que aquele desgraçado do Benício teve a coragem de dar em cima da minha noiva.
Dalila- desesperada: O que você vai fazer, filho?
Olavo: Dar uma surra naquele desgraçado!
Olavo sai, deixando sua mãe desesperada.
Isabel- venenosa: Calma, Dalila, creio que é o melhor a se fazer, assim aquele Benício não fica se engraçando com mulheres comprometidas. Quem ele tá achando que é? Um dom Juan?



Cena 4- Casa de Dionísia/ Cozinha/ Interior/ Tarde.
Dionísia pega uma panela e coloca no fogo. Diana entra na cozinha.
Diana: A senhora acha que vai fugir de mim, mãe?
Dionísia- fingida: Do que é que você está falando?
Diana- furiosa: Não se faça de desentendida! Deixa de ser falsa.
Dionísia: Olha, Diana, se você quer saber do que aquela mulher estava falando, acho melhor desistir, ela deve que estava me confundindo!
Diana- chocada: Isso é mentira! Jamais a senhora ficaria calada como ficou. Não tente mentir pra mim!
Dionísia- olhos marejados: O que você quer que eu fale? Que te revele algo bombástico pra depois a gente chorar nos braços da outra e você dizer que isso é passado e que não é pra me lembrar mais disso e que eu me regenerei?
Diana: Então quer dizer que tem alguma coisa sim! A senhora acabou de admitir.
Dionísia: Sabe, eu realmente conheço aquela mulher, mas a última coisa que quero é lembrar meu passado e que você conheça ele.
Diana- determinada: Pois saiba de uma coisa, mãe, o seu passado não vai ser apagado por mim, eu vou descobrir ele, custe o que custar!
Diana vira as costas e Dionísia chora inconsolavelmente.
Cena 5- Penitenciária Regional de Caxias do Sul/ Sala de visitas/ Interior/ Tarde.
Um dos homens que foram pegos no ato de tráfico de pessoas chega entra no local e fica surpreso ao ver Ronald.
Ronald: E aí, como vai?
Homem: O que você quer comigo?
Ronald: Que bom que já foi direto ao ponto, não queria ser gentil!
Ronald levanta-se e coloca o homem contra a parede, apontando uma arma na cabeça dele.
Ronald- intimidando: Burro, vagabundo! Escuta só uma coisa: se alguém souber que eu ou alguém tem alguma coisa a ver com o tráfico, vocês todos que estão na cadeia, vão morrer.
Homem: Quero que você tire pelo o menos eu e a minha mulher da cadeia.
Ronald: Tenho que confessar que isso seria muito benéfico para mim e para a rede, mas gastaríamos menos dinheiro se matássemos vocês, afinal temos muitas pessoas eficientes.
Homem: Você não sabe com quem está mexendo, eu tenho várias fotos e vídeos guardados com uma pessoa que já está avisada. Eu posso ser uma pedra no seu sapato, mesmo morto.
Ronald dá um soco na boca do homem.
Ronald- furioso: Maldito, como você me faz uma coisa dessas?
Homem: Foram vocês que me ensinaram, na vida do tráfico, é cada um por si!
Ronald: Você me paga, quando eu descobrir quem está com essas provas, eu mando acabar com vocês, afinal, nessa cadeia também têm pessoas que trabalham pra mim.
Com um sorriso maquiavélico no rosto, o presidiário vai embora, enquanto Ronald permanece no local e dá um soco na parede.
Cena 6- Anoitece/ Mansão Lambertini/ Quarto de Maria Eduarda/ Interior.
Helena entra no quarto da filha, que está vendo vídeos no tablet.
Helena: Filha, posso conversar com você?
Maria Eduarda: Acho que a senhora prefere conversar com o Ronald, ou estou enganada?
Helena: Para com isso, meu amor, você sabe que eu te amo!
Maria Eduarda: O que adianta você me amar se não acredita em mim?
Helena: Filha, você viu o seu comportamento hoje de tarde? Disse que iria separar eu e o Ronald. O que eu devo pensar?
Maria Eduarda: Isso agora pouco me importa, eu só quero que a senhora me deixe em paz.
Helena começa a chorar e Maria Eduarda corre para o banheiro, trancando a porta.
Helena: Filha, não faz isso comigo.
Maria Eduarda permanece calada.
Helena: Você não tem noção do quanto eu amo você e o Ronald, vocês são as duas pessoas mais importantes da minha vida.
Maria Eduarda- voz de choro: Mas pelo visto, a senhora ama mais ele!
Helena- implorando: Filha, vem cá, pelo amor de Deus, me dá um abraço?
Maria Eduarda- fria: Vai embora, mamãe!
Aquela frase vem como um tiro no peito de Helena, que berra aos prantos.
Helena: Só não se esqueça de uma coisa, Maria, que eu te amo muito!
Helena vai embora. Ao ouvir o barulho da porta, Maria Eduarda sai do banheiro com seu rosto inundado de lágrimas.
Maria Eduarda- na janela olhando pro céu: Meu Deus, me ajuda.
Ao olhar pro jardim, ela se depara com Ronald encarando-a.
Cena 7- Mansão Chermont/ Sala/ Interior/ Noite.
Isabel e Olavo chegam no local e se surpreendem ao ver Benício e Jordânia, sentados no sofá e conversando.
Olavo- furioso: Ainda bem que te achei, seu desgraçado!
Olavo desfere um soco na cara de Benício, que revida.
Jordânia- chocada/entrando na frente de Olavo: Meu Deus, mas o que é isso Olavo?
Olavo: Você acha que eu não sei que você e o Benício estão me apunhalando pelas costas?
Benício: Do que é que você está falando, cara? Eu e a Jordânia não temos nada, nós somos apenas amigos.
Isabel: Falso, mentiroso, você não passa de um aproveitador que só está esperando a minha filha e o Olavo terminarem pra dar o bote, se bem que você já deve ter tentado algo, e não duvidaria se me dissessem que já aconteceu algo!
Jordânia- chocada: Mãe, mas o que é isso? A senhora acha isso de mim?
Olavo- atacado: Eu vou te matar, Benício.
Olavo empurra Jordânia e vai pra cima de Benício, os dois trocam socos e caem no chão. Jordânia e Isabel gritam. Olavo consegue ficar em cima de Benício e lhe dá uma sessão de socos, até que Benício desmaia. Olavo fica paralisado.
Jordânia- aterrorizada: Você matou ele!
Todos olham imóveis para o corpo de Benício.
Cena 8- Casa de Dionísia/ Quarto de Diana/ Interior/ Noite.
Diana está mexendo no celular e sua mãe chega no quarto.
Dionísia: Diana, preciso que você vá na padaria pra mim.
Diana: Ai, que saco, mãe.
Dionísia: Vai logo, eu não criei uma filha pra mandar em mim.
Diana: Tá bom.
Dionísia: Vá comprar pão, eu não vou fazer comida hoje, só vamos comer um cachorro quente.
Diana: Pelo o menos isso, eu não iria ficar aqui morrendo de fome!
Diana deixa seu celular ligado na cama e vai, deixando seu celular desbloqueado. Dionísia olha para o celular da filha e decide pegar. A mulher mexe no whatsapp e vê um contato com o nome “Amor”, ela decide olhar as conversas, ao ler as mensagens antigas, ela vê “nudes” da sua filha e do homem, ela fica chocada.
Cena 9- Paramaribo- Suriname/ Boate Sexy Body/ Interior/ Noite.
Clarinha e todos entram na boate e lá cheio de pessoas, a maioria são pessoas velhas.
Clarinha- pensativa/angustiada: Não acredito que esse inferno não acabou. Pensei que era tudo um pesadelo!
Uma mulher vai até James e conversa para levar o homem em seu apartamento, James fica pensativo, mas deixa. James leva o homem num quarto.
James- ameaçando: Se você tentar fugir, sabe que a sua família morre!
Homem: Tudo bem, eu não vou fazer isso!
Cena 10: Paramaribo- Suriname/ Rua/ Noite.
O garoto de programa sai da boate com a mulher, um carro segue os dois para que eles não tentem nada, mas enquanto o carro a mulher dirige o carro, ele abre a porta e se joga para o lado de fora. Os homens que estavam seguindo ele, correm atrás dele que foge pelas ruas.
Homem 1: Não podemos deixar que ele fuja.
Homem 2: A ordem é pra matar!
Os homens atiram, até que conseguem acertar no pé dele, pessoas saem correndo aos gritos.
Garoto de programa- gritando: Socorro, alguém me ajuda!
Os homens conseguem pegar o garoto de programa e o levam para um beco.
Homem 1: Você brincou demais com a sua sorte.
Homem 2: Agora você vai ter o que merece!
O garoto de programa fica aterrorizado quando os homens abaixam as calças.
Continua...

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